10.000 mortos em Mariupol, na Ucrânia, e número pode aumentar, diz prefeito

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A cidade ucraniana sitiada de Mariupol rende mais horrores após seis semanas de espancamento por tropas russas, com o prefeito dizendo que mais de 10.000 civis morreram no porto estratégico do sul, seus cadáveres “tapetados pelas ruas”.

Enquanto a Rússia ataca alvos ao redor da Ucrânia e se prepara para um grande ataque no leste, o líder do país alertou que as forças do presidente Vladimir Putin podem recorrer a armas químicas, e autoridades ocidentais dizem que estão investigando uma alegação não confirmada de um regimento ucraniano de que uma substância venenosa foi lançado em Mariupol.

A cidade viu alguns dos ataques mais pesados ​​e sofrimento civil na guerra, mas os ataques terrestres, marítimos e aéreos das forças russas que lutam para capturá-la têm informações cada vez mais limitadas sobre o que está acontecendo dentro da cidade.

Falando por telefone com a Associated Press, o prefeito de Mariupol, Vadym Boychenko, acusa as forças russas de terem bloqueado semanas de tentativas de comboios humanitários na cidade, em parte para esconder a carnificina. Boychenko diz que o número de mortos só em Mariupol pode ultrapassar 20.000.

Boychenko também dá novos detalhes das alegações de autoridades ucranianas de que as forças russas trouxeram equipamentos móveis de cremação para Mariupol para eliminar os cadáveres das vítimas do cerco. Ele diz que as forças russas levaram muitos corpos para um enorme shopping center onde há instalações de armazenamento e geladeiras.

“Os crematórios móveis chegaram em forma de caminhões: você abre e tem um cano dentro e esses corpos são queimados”, diz o prefeito.

Boychenko fala do território controlado pela Ucrânia fora de Mariupol. O prefeito diz ter várias fontes para sua descrição da suposta queima metódica de corpos pelas forças russas na cidade, mas não detalha as fontes.

A descoberta de um grande número de civis aparentemente massacrados depois que as forças russas se retiraram de cidades e vilas ao redor da capital, Kiev, já provocou ampla condenação e acusações de que a Rússia está cometendo crimes de guerra na Ucrânia.

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