Bombardeiros furtivos dos EUA lançam ataques aéreos contra alvos Houthis no Iêmen em um aviso ao Irã
Bombardeiros furtivos de longo alcance B-2 dos EUA lançaram ataques aéreos na manhã de quinta-feira contra bunkers subterrâneos usados pelos rebeldes Houthis do Iêmen, disseram autoridades.
Não ficou imediatamente claro quais danos foram causados pelos ataques.
No entanto, não há relatos anteriores de que o B-2 Spirit tenha sido usado em ataques contra os Houthis, que vêm atacando navios há meses no corredor do Mar Vermelho por causa da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, além de lançar ataques diretos contra Israel.
O ataque também pareceu ser um aviso indireto ao Irã, principal benfeitor dos Houthis, que atacou Israel com mísseis balísticos duas vezes no ano passado.
O B-2 seria usado em qualquer ataque americano a instalações nucleares iranianas reforçadas, como Natanz ou Fordo, já que é a única aeronave em serviço que pode lançar o GBU-57, conhecido como “Massive Ordnance Penetrator”.
“Esta foi uma demonstração única da capacidade dos Estados Unidos de atingir instalações que nossos adversários buscam manter fora de alcance, não importa quão profundamente enterradas, reforçadas ou fortificadas estejam”, disse Austin.
Austin e o Comando Central do exército dos EUA não ofereceram nenhuma avaliação imediata dos danos causados. No entanto, o Comando Central disse em uma declaração que as avaliações iniciais sugeriram que nenhum civil foi morto.
O Mar Vermelho se tornou um campo de batalha para os transportadores desde que os Houthis começaram sua campanha visando navios que viajavam pela hidrovia, que já recebeu US$ 1 trilhão em cargas por ano.
Os houthis atacaram mais de 80 navios mercantes com mísseis e drones desde que a guerra em Gaza começou em outubro de 2023, desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel.
Os houthis apreenderam um navio e afundaram dois na campanha que também matou quatro marinheiros. Outros mísseis e drones foram interceptados por uma coalizão liderada pelos EUA no Mar Vermelho ou falharam em atingir seus alvos, que incluíam navios militares ocidentais.
Em resposta aos ataques Houthi, uma coalizão liderada pelos EUA realizou ataques aéreos no Iêmen, e Israel atacou o porto de Hodeida . Este último serve como um local-chave para entrega de ajuda e bens comerciais que são críticos, pois o país depende de importações.
Os rebeldes afirmam que eles têm como alvo navios ligados a Israel, aos EUA ou ao Reino Unido para forçar o fim da guerra Israel-Hamas em Gaza. No entanto, muitos dos navios atacados têm pouca ou nenhuma conexão com o conflito, incluindo alguns com destino ao Irã.
