Primeiro caso fatal de ameba super-rara no Ceará”, confirmado pelo Ministério da Saúde

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Nesta segunda-feira (9/12), o Ministério da Saúde confirmou que a morte de uma menina de 1 ano e 3 meses no Ceará foi causada por uma ameba extremamente rara, “Naegleria fowleri”. Este é apenas o segundo caso registrado no Brasil, sendo o primeiro em 1975, em São Paulo. A infecção levou à doença conhecida como meningoencefalite.

Após análises confirmarem a causa da morte, o órgão ministerial emitiu um alerta nacional para indicar e orientar sobre possíveis emergências em saúde pública. A infecção ocorreu através da água usada em casa, proveniente de um açude. De acordo com o documento do Ministério da Saúde, a água utilizada para o banho era retirada diretamente da torneira e não passava por tratamento, frequentemente precisando ser resfriada devido à alta temperatura.

No quintal, foram identificados uma cisterna, anéis de cimento e tambores para armazenamento de água. A cisterna, que armazena água da chuva, recebe tratamento com hipoclorito de sódio e é destinada ao consumo humano, enquanto a água para cozinhar é fornecida por caminhão-pipa.

A morte aconteceu em 19 de setembro de 2024, oito dias após o início dos sintomas: febre, sonolência, irritabilidade e vômito.

“A análise da água e do tecido cerebral, enviada para o Instituto Adolfo Lutz, confirmou a presença da ameba ‘Naegleria fowleri’. Houve compatibilidade clínica, epidemiológica e laboratorial, com a reação de PCR positiva no tecido cerebral,” explicou Antonio Silva Lima Neto (Tanta), secretário executivo de Vigilância em Saúde. O único relato anterior na literatura científica brasileira sobre meningoencefalite amebiana causada por Naegleria sp. foi em 1975, em São Paulo.

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