Braga Netto é preso pela polícia federal por suposta tentativa de golpe de Estado

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A Polícia Federal prendeu neste sábado o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa do governo de Jair Bolsonaro e candidato a vice-presidente na fórmula do ex-presidente para 2022.

Braga Netto foi preso  em sua casa, no Rio de Janeiro, por ordem do Supremo Tribunal Federal, no âmbito da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.

Em nota, a Polícia Federal (PF) informou que está cumprindo mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra investigados no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito em 2022. Estão sendo executados um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão, e uma medida cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam obstruindo a produção de provas durante o processo penal.

“Arquiteto” do Golpe

Durante as investigações, a PF identificou Braga Netto como o “arquiteto” da tentativa de golpe, que beneficiaria Bolsonaro. O general foi apontado como a principal figura responsável pelo planejamento e execução da trama, que incluía desde a mobilização de apoiadores até o assassinato de Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), a chapa eleita democraticamente, e do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e também indiciado no inquérito, revelou em depoimento à PF que Braga Netto entregou dinheiro vivo a militares das Forças Especiais, conhecidos como “kids pretos”, para financiar os supostos planos de golpe de Estado. Ele teria colocado os montantes em embalagens de vinho.

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