Possível saída de Múcio abre caminho para Alckmin na Defesa, diz jornal
O ministro da Defesa, José Múcio, pode deixar o cargo em breve. Interlocutores do ministro e do governo afirmam que ele já sinalizou ao presidente Lula (PT) que sua missão foi cumprida, em meio ao “constrangimento” gerado pela prisão do general Braga Netto e a negociação do projeto de lei que altera as exigências para a aposentadoria dos militares. As informações são da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
Com isso, Lula terá a missão de substituir seu amigo leal em um ministério que mantém relações estreitas com os militares, grupo cujas relações com o petista têm sido cada vez mais estremecidas à medida que as investigações da Polícia Federal (PF) descobrem o envolvimento de grandes nomes na trama golpista, como foi o caso de Braga Netto. O ex-ministro da Defesa de Jair Bolsonaro (PL) foi o primeiro general quatro estrelas a ser preso na história do país.
Um dos nomes “de peso” cotados pelo petista é o do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB-SP), que atualmente está à frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Além de contar com a plena confiança de Lula, Alckmin tem a serenidade e autoridade necessárias ao cargo.
A pasta comandada por Alckmin cairia para o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
“Clima é de constrangimento”, diz Múcio
O ministro foi recebido por Lula nesta terça-feira (17) em São Paulo, onde o petista se recupera após a internação. O encontro aconteceu no mesmo dia em que o governo federal enviou ao Congresso o projeto de lei sobre a aposentadoria dos militares, incluído no pacote de cortes de gastos.
O PL impõe 55 anos como a idade mínima para os militares irem para a reserva – atualmente, não há restrição de idade.