Após permissão de Moraes, Bolsonaro e Valdemar se reencontram na sede do PL
Após obter autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para retomar contato com Jair Bolsonaro (PL), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, encontrou-se com o ex-presidente na sede do partido nesta quarta-feira (12/3). Em tom descontraído, Valdemar brincou com jornalistas: “Já dei um beijo nele”, enquanto Bolsonaro destacou que o foco agora é restaurar a “normalidade partidária”.
Ao lado de Costa Neto e outros membros do PL, Bolsonaro afirmou que o partido tem muito trabalho pela frente e continuará apoiando sua candidatura. Inelegível e enfrentando a possibilidade de prisão até o final do ano, caso seja condenado por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente declarou que está fora da disputa “porque um homem quis”, referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes.
Apesar da declaração, as duas condenações que tornaram Bolsonaro inelegível foram decididas pelo Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ambas com placar de cinco votos a dois. A primeira, em junho de 2023, foi por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, e a segunda, em outubro de 2023, por abuso de poder político e econômico.
Sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) envolvendo sua participação em um plano de golpe de Estado, Bolsonaro classificou o relatório como “político”. Ele afirmou: “O que querem é me tirar do cenário político no ano que vem. Eu candidato chego”. Também criticou as provas apresentadas e negou qualquer envolvimento em crimes relacionados ao 8 de janeiro.
O ex-presidente ainda comentou sobre as manifestações convocadas por ele e seus aliados para o próximo dia 16 em várias cidades do país. “Esperamos colocar lá (em Copacabana) pelo menos 500 mil pessoas (…) Só a direita leva o povo para a rua já há algum tempo. Tenho falado em buscar uma boa bancada, com aliados, para que no ano que vem possamos fazer o país voltar a respirar democracia”, declarou.
