PGR quer que STF torne mais 11 denunciados réus no caso do golpe

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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu que o Supremo Tribunal Federal (STF) transforme em réus os militares acusados de envolvimento em uma suposta trama golpista associada ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.

Segundo a denúncia da PGR, o grupo, identificado como núcleo 3, era composto por representantes das forças de segurança pública alinhados ao plano antidemocrático. Eles teriam monitorado autoridades e participado de um esquema que incluía até a morte do presidente Lula e do vice, Geraldo Alckmin.

Os integrantes do núcleo 3 incluem Estevam Gaspar de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, Wladimir Matos Soares, Bernardo Romão Corrêa Netto, Cleverson Ney Magalhães, Fabrício Moreira de Bastos, Márcio Nunes de Resende Júnior, Nilson Diniz Rodriguez, Sérgio Cavaliere de Medeiros e Ronald Ferreira de Araújo Júnior.

Gonet reforçou a validade da delação de Mauro Cid, peça-chave na investigação, e destacou que a PGR já havia defendido a manutenção do acordo de colaboração premiada, decisão acolhida judicialmente.

Com a manifestação da PGR, o ministro Alexandre de Moraes pode liberar a denúncia para julgamento na Primeira Turma do STF. Ao todo, 34 pessoas foram acusadas de crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

O julgamento da denúncia contra Bolsonaro e outros sete aliados está marcado para o dia 25, e será conduzido pela Primeira Turma do STF, conforme o regimento da Corte. Entre os denunciados do núcleo principal estão Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, General Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.

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