Operação da PF e CGU mira fraudes bilionárias no INSS; presidente é afastado.
A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram a operação “Sem Desconto”, mobilizando cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU. A ação cumpriu 211 mandados de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens que ultrapassam R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária. O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi afastado judicialmente de seu cargo. A PF realizou buscas tanto no gabinete quanto na residência de Stefanutto.
A operação se estendeu por 14 unidades federativas: Distrito Federal, Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. A PF informou o afastamento de seis servidores públicos de seus cargos.
Os investigados poderão ser responsabilizados por diversos crimes, incluindo corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documentos, organização criminosa e lavagem de capitais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) agendou uma reunião com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, para discutir a operação.
A investigação revelou irregularidades nos descontos de “mensalidades associativas” incidentes sobre benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Segundo a PF, as entidades sob investigação efetuaram cobranças não autorizadas de beneficiários, totalizando um montante estimado em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
