Bolsonaro cita Fortaleza e apoio a “Capitão”, em referência a Wagner

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Procurada pela reportagem ontem à noite, a assessoria de Heitor Freire informou que o candidato estava em um evento externo e não forneceu um posicionamento dele até o fechamento desta edição.

O presidente mudou o discurso de que não iria se envolver nas eleições e disse, ontem, que anunciará quem são seus candidatos duas semanas antes do primeiro turno. “Quando faltarem duas quintas-feiras para as eleições, vou fazer campanha para alguns candidatos no Brasil”, disse Bolsonaro na “live” semanal, desta vez, a bordo de um navio da Marinha no Pará.

Antes do início da campanha eleitoral, Bolsonaro chegou a dizer que manteria neutralidade no primeiro turno da campanha eleitoral. Ele, no entanto, mudou de posição em cidades nas quais considera que há chances reais de aliados seus serem eleitos.

Capitais

Em uma live no fim de setembro, o presidente disse que poderia atuar para influenciar nas disputas em três cidades: São Paulo, Santos e Manaus, mas não quis dar nomes. Porém, na capital paulista, ele tem posado ao lado do deputado federal Celso Russomanno (Republicanos), que lidera as pesquisas eleitorais.

Na porta do Palácio da Alvorada, Bolsonaro também mencionou o nome de um candidato, Coronel Menezes (Patriota), a simpatizantes de Manaus. No Palácio do Planalto, ele recebeu o desembargador Ivan Sartori (PSD), candidato em Santos (SP).

Na live de ontem, além de Fortaleza, ele fez referências a candidato em Belo Horizonte. Sem dizer os nomes, deu informações suficientes para identificar Bruno Engler (PRTB-MG) e Capitão Wagner.Por Inacio Aguiar   –   08/10/2020 – 19:51

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Fez o mesmo com a Coronel Fernanda (Patriota), candidata ao Senado na eleição suplementar que acontecerá em Mato Grosso. O objetivo de Bolsonaro ao mudar de postura é, de acordo com assessores, garantir que sua campanha à reeleição em 2022 conte com apoios regionais de peso.

O presidente disse ter gravado vídeo para duas candidatas a vereadora de São Paulo, mas não as identificou. No Rio, disse ter um candidato a vereador que “o pessoal deve saber quem é”. Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho de Bolsonaro, é candidato à reeleição.

STF

Pressionado por sua base ideológica, o presidente Jair Bolsonaro usou a “live” também para tentar se explicar em relação à indicação do desembargador Kassio Nunes Marques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à declaração que deu na quarta sobre a Lava Jato ter acabado em seu Governo.

Visivelmente irritado, falando palavrões em série, Bolsonaro reagiu ao fogo amigo de que tem sido alvo desde a semana passada. “Não é infiltrado da esquerda, como o pessoal diz aqui nas mídias sociais, não. Não é petista. É gente da direita mesmo, essa direita burra”, disse Bolsonaro ao comentar as críticas sobre a indicação ao STF.

Ele também tentou explicar o discurso feito na quarta-feira em um evento no Palácio do Planalto, quando disse que “eu acabei com a Lava Jato porque não tem mais corrupção no Governo”.

“Pro meu governo não tem mais Lava Jato. Não temos uma notícia de corrupção. Então, para nós, a Lava Jato não tem finalidade, graças a Deus. Agora, para os demais órgãos do Brasil, alguns estados, alguns municípios, vai continuar funcionando normalmente”, disse ontem.

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