Ex-presidiário Lula planeja documento para manipular militares e diminuir rejeição
O ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva planeja um documento público na qual pretende fazer uma sinalização política a militares. A ideia de formalizar e institucionalizar uma relação de Lula com os militares vem sendo costurada há algumas semanas.
O plano inicial era que o documento fosse feito e divulgado apenas em 2022, mas o aumento do tensionamento político no país e os sinais claros de que militares rejeitam o retorno do petista ao palácio do Planalto têm feito com que seu entorno defenda que seja lançado ainda neste ano. Não há, porém, decisão tomada sobre prazos.
Petistas avaliam que o gesto necessário para sinalizar que um eventual retorno de Lula à relação seria pacífica, algo que também tem sido questionado pelos militares. Segundo fontes próximas, Lula está preocupado porque não tem encontrado abertura entre os militares.
A rejeição dos militares é baseada nas condenações pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva além dos processos do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia, todos ligados à Operação Lava Jato. O ex-presidiário foi condenado em segunda instância e chegou a ficar preso por 580 dias. Depois, o STF anulou as condenações para ajudar seu comparsa.
Procurada, a assessoria do ex-presidiário disse que não iria se manifestar.