Putin da Rússia se move no leste da Ucrânia abrindo as portas para possível invasão em grande escala, alertam autoridades dos EUA e ocidentais

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A decisão do presidente russo, Vladimir Putin, de reconhecer os territórios separatistas do leste ucraniano como independentes parece ser a salva de abertura de uma potencial operação militar maior visando a Ucrânia, disseram quase uma dúzia de autoridades norte-americanas e ocidentais à CNN Internacional.  “Esta é a política de Potemkin”, disse um alto funcionário do governo a repórteres na segunda-feira. “O presidente Putin está acelerando o próprio conflito que ele criou.”

Os EUA esperam que as tropas russas possam entrar na região de Donbas, na Ucrânia, na noite de segunda ou terça-feira, depois que o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu os dois territórios pró-Moscou como independentes, disse à CNN Internacional um alto funcionário dos EUA familiarizado com as últimas informações de inteligência. 

Os EUA ainda estão se preparando para uma possível invasão, incluindo o carregamento de navios anfíbios e o carregamento de equipamentos para unidades aéreas.

As autoridades norte-americanas e ocidentais disseram que a decisão de Putin de assinar o decreto, que proclama que a República Popular de Donetsk (DNR) e a República Popular de Luhansk (LNR), apoiadas pela Rússia, são territórios independentes, deu a Putin a justificativa de que ele queria enviar forças russas e potencialmente empreender um ataque mais amplo à Ucrânia em nome da proteção das regiões separatistas. 

O Kremlin anunciou na noite de segunda-feira que a Rússia enviaria forças de “manutenção da paz” aos territórios separatistas, confirmando os piores temores de muitas autoridades.  

“Essa é a sua invasão”, disse um diplomata europeu. “Se não agirmos como dissemos que faríamos no caso de uma nova invasão, teremos prejudicado seriamente nossa credibilidade”, disse o diplomata.  

Ainda assim, em uma ligação com repórteres, o alto funcionário do governo sugeriu aos repórteres que o mero movimento de novas forças russas de “manutenção da paz” para o leste da Ucrânia não desencadearia o pacote completo de sanções que o governo ameaçou no caso de uma invasão russa, observando que “há forças russas presentes nessas áreas” desde 2014.  

“Então, vamos olhar muito de perto o que eles fazem nas próximas horas e dias e nossa resposta será medida, de acordo, novamente, com suas ações”, disse o funcionário. O funcionário disse que “agora parece que a Rússia estará operando abertamente naquela região e responderemos de acordo”.

O funcionário não quis identificar qual linha as tropas russas teriam que cruzar no leste da Ucrânia para ser considerada uma nova invasão. 

A Casa Branca disse na segunda-feira que Biden imporia novas restrições financeiras às repúblicas separatistas, e um alto funcionário do governo disse a repórteres que mais ações seriam anunciadas na terça-feira. Mas algumas autoridades dizem que as penalidades não são suficientes – especialmente considerando a afirmação de Biden no mês passado de que se “qualquer unidade russa montada cruzar a fronteira ucraniana, isso é uma invasão” e “será recebida com uma resposta econômica severa e coordenada”.

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