Brasil recebe material para vacina contra varíola dos macacos, diz UFMG

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A Universidade Federal de Minas Gerais recebeu, nessa segunda-feira (5), uma amostra da vacina contra o vírus da monkeypox, também conhecida como varíola dos macacos, para começar a desenvolver um imunizante brasileiro contra a doença.

A remessa que chegou ao Centro de Tecnologias em Vacinas da universidade foi doada pelo National Institute of Health (NIH), agência de pesquisa médica norte-americana, por meio de acordo de transferência de material clínico firmado com a Rede Vírus do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

O desenvolvimento do imunizante contra a Monkeypox no país será viabilizado com base em dois frascos do vírus Vaccínia Ankara Modificado (MVA). De acordo com o pesquisador do CTVacinas, professor da UFMG e integrante da CâmaraPox do MCTI, o material que chegou à BH é chamado de “semente”.

“Estamos recebendo uma vacina que foi produzida com o vírus Vaccínia enfraquecido. Devido à semelhança genética desse vírus com o da monkeypox, ela consegue imunizar contra a nova doença, assim como protegeu contra a varíola humana no passado. É o que chamamos de proteção cruzada”, diz.

Agora, os pesquisadores darão início ao trabalho que vai possibilitar a multiplicação do imunizante. Como o Brasil nunca produziu uma vacina específica contra esse vírus, Fonseca informa que a equipe do CTVacinas fará ensaios para definir os parâmetros para sua produção. Depois que o centro de pesquisa e tecnologia da UFMG estabelecer esses parâmetros, a fabricação do imunizante ficará a cargo da Bio-Manguinhos, unidade produtora de imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A vacina contra a monkeypox que será replicada no país é destinada a adultos com idade igual ou superior a 18 anos e tem prazo de até 60 meses de validade quando conservada a temperaturas entre -60 a -40°C.

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