Bombardeiros nucleares da Rússia e da China são interceptados por EUA e Canadá próximos do Alasca
O Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte interceptou aeronaves militares russas e chinesas voando perto do Alasca.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, os bombardeiros estavam realizando patrulhas aéreas conjuntas sobre as águas dos mares de Chukchi e Bering, bem como sobre o Pacífico Norte.
Os EUA e o Canadá, que juntos formam o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte, ou NORAD, interceptaram quatro bombardeiros.
O NORAD disse que a aeronave permaneceu no espaço aéreo internacional.
Os porta-mísseis estratégicos russos Tu-95ms e os bombardeiros estratégicos chineses Hun-6k se juntaram à patrulha, ladeados por caças Su-30sm e Su-35s.
Em alguns trechos da rota, o grupo aéreo foi acompanhado por caças de países estrangeiros, disseram os militares russos, sem fornecer detalhes.
Reação dos EUA
O Ministério da Defesa alega que a patrulha foi realizada como parte do plano de cooperação militar russo-chinesa para este ano e não tem como alvo terceiros países.
Guillot e o tenente-general da Força Aérea David Nahom, chefe do Comando do Alasca, informaram a senadora Lisa Murkowski (R-AK) sobre a interceptação na noite de quarta-feira, disse a legisladora em uma publicação no X.
Murkowski chamou isso de “uma provocação sem precedentes por parte de nossos adversários”.
Em uma declaração separada, o senador Dan Sullivan (R-AK) disse que o Alasca estava na linha de frente da “agressão autoritária dos ditadores da Rússia e da China, que estão cada vez mais trabalhando juntos”.
“Não se enganem, isso é uma escalada — a primeira vez que Rússia e China enviaram uma força-tarefa de bombardeiros conjunta para o ADIZ do Alasca”, disse Sullivan. “O Ártico é uma área crítica de competição estratégica entre os EUA, Rússia e China. Como venho alertando nossos líderes do Pentágono há anos, esses tipos de incursões conjuntas da Rússia e da China no mar e no ar perto do Alasca continuarão.”
