Conheça a árvore ‘indígena’ que pode ajudar no combate ao Coronavírus

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 E uma delas deve seu funcionamento a uma árvore que é sagrada para os indígenas mapuches, do Chile.

Escondido na casca cinza, escura e rachada de uma bela árvore milenar endêmica do Chile, está o ingrediente fundamental para a cobiçada vacina que a farmacêutica sueco-americana Novavax já começou a testar em humanos.

É uma vacina que acaba de obter a designação para via rápida e está em fase final de teste clínico no Reino Unido. Este mês começará seus últimos testes nos Estados Unidos, México e Porto Rico.

O elemento-chave para esta vacina está em uma árvore que os indígenas mapuches usam desde a antiguidade como planta medicinal para curar todo tipo de enfermidades, desde problemas estomacais e respiratórios a problemas de pele e reumatismo, e cujas propriedades curativas são conhecidas (e aproveitadas) pela indústria cosmética, alimentar e farmacêutica há décadas.

A quilaia (Quilaia saponaria, se você perguntar a um cientista, e küllay para um Mapuche) é conhecida como a “árvore de casca de sabão” por suas saponinas vegetais, moléculas que espumam quando entram em contato com a água e que se tornaram um reforço cobiçado para a resposta imune de várias vacinas.

Extrai-se cerca de 30 ou 50 quilos (de saponinas) de uma árvore grande. A cortiça é limpa, a parte superior da casca, eles tiram com facas, e o resto é jogado fora. É pouca quantidade que pode ser extraída. Propus extraí-los da madeira para não matar a árvore, e foi assim que nasceu nossa empresa”, diz à BBC o pesquisador chileno Ricardo San Martín, que lidera o departamento de inovação da Desert King International em San Diego, na Califórnia.

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