Alemanha: carro bate nos portões do gabinete de Angela Merkel
A polícia de Berlim prendeu um homem que dirigiu seu carro nos portões do gabinete da chanceler alemã, Angela Merkel. Um veículo com as mesmas placas realizou uma manobra semelhante em 2014.
A polícia em Berlim prendeu um homem não identificado que dirigiu seu carro nos portões do gabinete da chanceler alemã, Angela Merkel, na quarta-feira.

As fotos mostravam um carro com uma mensagem rabiscada em uma das laterais dizendo: “Seus filhos malditos e velhos assassinos.” A tinta branca do outro lado dizia: “Pare a Política de Globalização.”
Um porta-voz do governo disse à DW que um veículo entrou no portão de entrada do gabinete do chanceler e “causou pequenos danos à propriedade”.
O chanceler e outros membros do governo e do gabinete do chanceler “não correram perigo em nenhum momento”.
Um tweet da emissora pública Deutschlandfunk mostrou o veículo parado no portão do prédio e um grande número de veículos de emergência na área normalmente restrita.
Um tweet posterior confirmou que o motorista do sexo masculino de 54 anos havia sido preso.
Uma porta-voz da polícia de Berlim disse à Reuters que eles não suspeitam de um ataque extremista, dizendo: “Não estamos trabalhando com base nessa suposição no momento.”
O Volkswagen Sedan, que sofreu danos menores, tinha placas de licença da área de Lippe North Rhine-Westphalia. As placas eram idênticas às do carro envolvido em um incidente semelhante em 2014, quando um veículo entrou no gabinete do Chanceler com uma mensagem escrita na lateral.
Não houve relatos imediatos de vítimas, embora as equipes de resgate tenham confirmado à AP que o homem que estava dirigindo o carro estava sendo tratado em uma ambulância no local.
Berlim em alerta
O evento ocorreu durante uma reunião de gabinete que antecedeu uma importante videoconferência entre a chanceler Merkel e os primeiros-ministros alemães sobre a extensão das medidas de bloqueio por todo o país.
Berlim tem sido um centro de manifestações contra as restrições ao coronavírus, que foram atendidas por neonazistas e pessoas que defendem teorias da conspiração.
Ainda não está claro se existe alguma ligação entre os protestos e o incidente no gabinete do chanceler