Alexandre de Moraes dá 24 horas para PL incluir auditoria do primeiro turno em petição
O chefe do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, rejeitou nesta terça-feira liminarmente o pedido feito pelo presidente Jair Bolsonaro de anulação de votos em cédulas, informou a Veja .
O presidente brasileiro e o Partido Liberal apresentaram denúncias sobre supostos problemas em 279.336 urnas durante o segundo turno, no qual Luiz Inácio Lula da Silva venceu por estreita margem.
Moraes rejeitou o pedido do espaço da direita porque ele apenas questiona o funcionamento do sistema eleitoral durante a votação, mas não põe em xeque o escrutínio do primeiro turno, quando Bolsonaro teve mais votos do que o esperado, segundo as pesquisas.
“Assim, sob pena de improcedência do pedido, o autor deverá modificar o pedido para que o pedido abranja os dois turnos das eleições , no prazo de 24 [vinte e quatro] horas”, afirmou a autoridade da Justiça Eleitoral em documento que requereu a ser publicado de forma “urgente”.
Segundo a documentação fornecida pelo PL, Bolsonaro teria obtido 51,05% dos votos no segundo turno, no qual teria superado o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT, à esquerda).
Uma auditoria independente, formada por especialistas em informática, teria constatado que as urnas de modelo antigo não possuíam um código de identificação individual, o que seria um “indicativo de mau funcionamento ”, segundo a denúncia do PL.
Para o PL, nem todas as urnas eletrônicas são auditáveis e apenas os dispositivos do modelo UE2020 são adequados para controles. Bolsonaro e o presidente do Partido, Valdemar Costa Neto, apresentaram ao TSE pedido de nulidade dos votos dos modelos de urna fabricados em 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015, e que fizeram parte do processo no eleições gerais.