Apelidos dos candidatos: de Papai Noel a Chuck Norris
Visando uma vaga na Câmara Municipal de Ribeirão Preto, alguns candidatos adotaram o nome de famosos tentando conquistar a preferência dos eleitores. Entre os apelidos que vão aparecer na urna eletrônica no dia 15 de novembro estão Chuck Norris, Papai Noel e Tiririca.
As informações estão disponíveis na plataforma Divulgacand, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que mostra o perfil dos 568 postulantes a uma das 22 cadeiras da Câmara Vereadores.
Como é o caso do empresário Anderson Ribeiro Pacheco (PSL), que adotou o nome Anderson Chuck Norris no registro da urna. Além dele, tem o motorista Carlos Aparecido de Souza (REP), que concorre como Tiririca de Ribeirão Preto. Há ainda a esteticista Fernanda Gomes Pereira (PSL), que concorre como Fernanda Bolsonaro.
Nas urnas, Wellington da Silva Vergilio (PTB) vai aparecer como Michael Jackson. O empresário Ronaldo de Oliveira (Patri) adotou o apelido de Ronald Trump, em alusão ao presidente dos Estados Unidos, e Edson Tomas de Jesus Rocatti (PTB) concorre como Papai Noel.
Opinião
Para o consultor em marketing político Giovani Delluc, o apelido diferente não é certeza de conquista de votos. Para ele, as exceções são candidatos que são figuras conhecidas da cidade ou do bairro.
Mesmo assim, Delluc diz que esses candidatos podem viralizar e virar meme nas redes sociais. “Mas para reverter isso em voto de fato, acredito ser um pouco difícil”, pontua.
“De repente, a pessoa é até um artista de semáforo, ou coisa parecida, pode até ser que o voto de protesto vai para ele. Se for uma pessoa que colocou o nome para chamar a atenção, não consegue”, disse o especialista.
Pensamento parecido do consultor Renato Faleiros, que lembra que esse tipo de estratégia é adotada há muito tempo no Brasil e ganhou mais adeptos quando a Legislação Eleitoral permitiu que os candidatos incorporassem o apelido nas urnas.
“A não ser que seja um apelido muito popular, um candidato muito bem colocado, aí sim poderia usar. Um exemplo, o Lula, não era Lula, era Luís Inácio da Silva, e muitos outros fizeram assim”, explica.