Após prisão de Queiroz, Bolsonaro adota tom discreto e suaviza postagens em redes sociais

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Depois da prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que completa uma semana nesta quinta-feira (25), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) adotou uma postura mais reservada nas declarações públicas e também em sua atividade nas redes sociais.

No mesmo dia da prisão de Queiroz, mais de doze horas depois, Bolsonaro se pronunciou pela primeira e única vez sobre o ocorrido.

“Deixo bem claro que não sou advogado e não estou envolvido nesse processo. Mas o Queiroz não estava foragido e não havia nenhum mandado de prisão contra ele. E foi feito uma prisão espetaculosa”, disse. “Que a Justiça siga seu caminho, mas parecia que estavam prendendo o maior bandido da face da Terra”, criticou o presidente.

Queiroz foi preso na casa de Frederick Wassef, agora ex-advogado de Flávio e Jair Bolsonaro, e é investigado por ser o operador financeiro de um suposto esquema de “rachadinha” organizado no gabinete de Flávio, quando ele ainda era deputado estadual no Rio de Janeiro

Nos dias posteriores, chamou a atenção a postura mais introspectiva do presidente. Ele abriu mão das declarações diárias no Palácio do Alvorada, local onde sempre atendia seus apoiadores e respondia veículos da imprensa.

Nas redes sociais, onde Bolsonaro sempre foi atuante, o presidente reduziu sua atividade e limitou suas postagens exclusivamente a temas institucionais como projeto de lei que altera o Código de Trânsito no país, novo marco do Saneamento Básico e até uma Medida Provisória que altera a relação entre os clubes de futebol e a televisão.

Sobre a pandemia do novo coronavírus, que já vitimou mais de 53 mil pessoas no país, Bolsonaro tem deixado o protagonismo para Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde. Nessa semana, Pazuello já prometeu aumentar a testagem no país, além de se comprometer a garantir transparência total nos dados da pandemia.

Desde a prisão de Queiroz, apenas uma postagem de Bolsonaro fugiu do “tom moderado”. No último dia 22, o presidente compartilhou um vídeo no qual um jornalista diz que o STF está “agindo como tribunal de inquisição”, em referência a atuação da Corte no inquérito das fake news, que atinge parte da base de apoio bolsonarista.

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