Aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus nele
DEUS É AMOR – (1 Jo 4:1-21)
1 Co 12:10; 1 Jo 2:20; 4:1-7
- oração:*
“Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou” (1 Jo 2:27).
A unção nos ensina a respeito de todas as coisas
“Deus é amor”. O Senhor passou pelo processo de morte e ressurreição para entrar em nós como a unção que nos ensina a respeito de todas as coisas. Uma vez que nascemos Dele e temos a unção, podemos reconhecer Seu falar e não somos enganados. É muito importante fazermos a escolha certa e nos conectarmos à árvore da vida, pois só assim não seremos regidos por regras exteriores, mas a própria vida de Deus nos governará. Quando desfrutamos da palavra da vida, somos introduzidos na comunhão da vida, e o resultado é o amor. Esse amor nos une de maneira perfeita, edificando a igreja e dando-nos a confiança no Dia do Juízo de que teremos feito a vontade do Senhor, pois “nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo” (1 Jo 4:17).
O apóstolo João faz referência à unção que nos foi dada, mencionada em sua primeira epístola (2:20, 27), quando afirma: “E aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus, nele. E nisto conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu” (3:24). Essa unção que Deus colocou dentro de nós é viva. Ela é o Espírito da verdade, como também é a provisão abundante do Espírito de Jesus Cristo: “Estou certo de que isto mesmo, pela vossa súplica e pela provisão do Espírito de Jesus Cristo, me redundará em libertação” (Fp 1:19). A expressão “Espírito de Jesus Cristo” refere-se ao óleo sagrado da unção, composto por quatro especiarias adicionadas a um him de azeite de oliveira, que representa o Espírito de Deus.
O Espírito de Jesus Cristo contém todos os elementos que Jesus adicionou ao Espírito de Deus: Sua encarnação, Seu viver humano, Sua morte e Sua ressurreição. Nele estão presentes a eficácia de Sua morte, o poder de Sua morte, a eficácia de Sua ressurreição e o poder de Sua ressurreição.
O Espírito é capaz de auxiliar-nos e suprir-nos em toda e qualquer situação. Deus não nos colocou aqui na terra para vivermos sob regras ou leis, mas para sermos guiados por Sua vida mediante a unção. Por isso não se deve dar crédito a qualquer espírito, mas há a necessidade de provar se os espíritos procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora (1 Jo 4:1). Na igreja há o dom de discernir espíritos (1 Co 12:10), porque o “espírito do engano” está por trás dos falsos profetas, e seu propósito é nos iludir. Desde a época do apóstolo João, já havia alguns que se passavam por profetas de Deus, mas pregavam heresias.
Os gnósticos, os cerintianos (seguidores de Cerinto) e os docetas ensinavam heresias sobre a pessoa de Cristo, distorcendo a verdade a respeito de Sua divindade e humanidade. Cerinto negava que Jesus fora concebido pelo Espírito Santo, mas O considerava filho natural de José e Maria e ensinava que, em Seu batismo, Cristo, como pomba, descera sobre Jesus (1 Jo 4:2-3). Esses são os falsos profetas (v. 1) e anticristos (v. 3). Nós, porém, somos de Deus, pois somos nascidos Dele (v. 7).
A preocupação do apóstolo João quanto às heresias que eram pregadas em sua época impeliu-o a escrever essas coisas para que a igreja tivesse discernimento de espíritos, ciente de que o espírito do engano já atuava tentando distorcer a verdade para iludir o povo de Deus. Aqui vemos a importância do Espírito, que está em nós na forma de unção, a qual nos ensina a distinguir o que procede e o que não procede de Deus.
O mundo sistematizado luta contra Deus e contra Seu reino, usando todos os meios e armas: “Maior é o que está em vós do que aquele que está no mundo” (1 Jo 4:4). Satanás usa a lógica humana para lutar contra a fé, confundindo os crentes.
Nosso Deus e Pai deseja que sejamos desarraigados, arrancados deste mundo perverso, inclusive do mundo religioso: “O qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai” (Gl 1:4). O mundo parece ser atraente e colorido, mas na verdade é perverso. Ele luta contra Deus e se opõe a Sua vontade, tentando confundir os filhos de Deus.
Nós, porém, temos dentro de nós a unção, que nos dá discernimento. Aleluia!
Os falsos profetas ou anticristos procedem do mundo, falam da parte do mundo, e o mundo os ouve, pois quem é do mundo não tem discernimento. Quem ainda não foi liberto do mundo corre um grande risco de ser influenciado pelo racionalismo cristão, que segue a linha do gnosticismo. Querido leitor, sigamos de perto o que Deus nos tem falado hoje. Dessa maneira, a unção nos ensinará a respeito de todas as coisas, e nunca seremos enganado *grito de guerra* com base nesses itens para que a palavra profética seja sedimentada em seu coração.
Salete Sartori colunista do Devocional do dia