Augusto Heleno depõe na CPMI do 8/01

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do dia 8 de janeiro iniciou nesta terça-feira uma seção para ouvir o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, que chefiou a entidade no último governo. Apesar da decisão positiva do Supremo Tribunal Federal (STF) de permanecer calado, Heleno fez discurso de abertura e respondeu a perguntas da relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD).

Ao entrar no sala do colegiado, o general recebeu aplausos dos parlamentares da oposição. Em seu discurso de abertura, o militar da reserva disse que nunca havia discutido política no GSI e não estava em condições de fazer qualquer declaração sobre os acontecimentos de 8 de janeiro. Neste dia, a sede dos Três Poderes foi atacada numa tentativa de golpe.

– Nunca utilizei reuniões, palestras ou conversas para discutir assuntos eleitorais ou partidários com meus subordinados do GSI. Não havia clima para isso e o único político do GSI era eu”, disse Heleno.

Heleno disse ainda que não teve nada a ver com dos eventos investigados pela CPI à época do segundo turno das eleições de 2022.

– No contexto dos acontecimentos ocorridos no Brasil em 30 de outubro de 2022, data do segundo turno das eleições presidenciais, o GSI não teve outra tarefa além de proteger o Presidente e o Vice-Presidente da República e suas respectivas residências ativadas por um período missão extraordinária – disse o general

Sobre os ataques à sede da Polícia Federal no dia 12 de novembro, afirmou que soube pela televisão “sentado na minha casa”. Ele também mencionou o atentado perto do aeroporto de Brasília e disse não estava envolvido.

Heleno também respondeu a Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) de Lula, dizendo que trabalhou na mudança de governo.Não deixe nada “debaixo do tapete”.

– Tenho plena consciência de que você recebeu todas as informações para poder iniciar seu trabalho nas melhores condições possíveis – disse Heleno.

O pedido de comentários de Heleno faz parte de uma ofensiva da CPI para ouvir militares ligados a Bolsonaro. O objetivo dos parlamentares é saber se houve ligação do ex-ministro ou dos auxiliares do GSI com os atos antidemocráticos na Praça dos Três Poderes.

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