Autoridades dos EUA revelam que os incêndios apocalípticos no Sul da Califórnia tiveram um impacto equivalente de uma bomba atômica
O xerife do condado de Los Angeles, Robert Luna, comparou as consequências dos fortes incêndios que atingiram o sul da Califórnia desde terça-feira ao impacto de uma bomba atômica,
relata o USA Today .
“Parece uma bomba, uma bomba atômica lançada nessas áreas”, disse Luna na quinta-feira durante uma entrevista coletiva comentando o número de pessoas que perderam a vida no incêndio.
Da mesma forma, o xerife disse que reza para que o número de mortos não aumente, embora não espere boas notícias por causa “da devastação que é evidente”.
O Departamento de Medicina Legal do concelho informou esta quinta-feira que foram registadas pelo menos 10 mortes relacionadas com os incêndios . A identificação das vítimas pode levar várias semanas, já que o departamento “não é capaz de responder a todos os locais de fatalidades devido às condições do incêndio e às questões de segurança”.
“Parece uma bomba, uma bomba atômica lançada nessas áreas”, disse Luna na quinta-feira durante uma entrevista coletiva comentando o número de pessoas que perderam a vida no incêndio.
Da mesma forma, o xerife disse que reza para que o número de mortos não aumente, embora não espere boas notícias por causa “da devastação que é evidente”.
O Departamento de Medicina Legal do concelho informou esta quinta-feira que foram registadas pelo menos 10 mortes relacionadas com os incêndios . A identificação das vítimas pode levar várias semanas, já que o departamento “não é capaz de responder a todos os locais de fatalidades devido às condições do incêndio e às questões de segurança”.
Ventos de Santa Ana
Uma das principais causas do cataclismo natural são os chamados ventos de Santa Ana, que aumentam no outono e no inverno.
Quando os efeitos dos sistemas de alta pressão se movem de leste para oeste sobre a Cordilheira de Santa Ana, o vento é forçado para baixo onde é comprimido e aquecido .
A velocidade do vento já ultrapassou 60 milhas por hora (cerca de 96 quilómetros por hora) e pode atingir 100 milhas por hora (cerca de 160 quilómetros por hora) nas montanhas e no sopé.
Segundo o climatologista John Abatzoglou, estes ventos fortes, aliados à grande população na encosta onde ocorreram os incêndios, equivalem quase a uma “receita para o desastre ” .
O efeito do “secador atmosférico”
Como afirma Daniel Swain, cientista climático da Universidade da Califórnia, citado pela Sky News, os ventos criam um efeito de “secador atmosférico” que “vai secar ainda mais as coisas”.
“Então, alguns dos ventos mais fortes serão sentidos no início do fenômeno, mas a parte mais seca da vegetação virá no final, então na realidade haverá um período muito longo de elevado risco de incêndio”, disse.
Secura e falta de precipitação
A estação seca que precedeu os incêndios também contribuiu para a sua rápida propagação.
Mais de 83% do condado de Los Angeles sofreu seca , de acordo com o último Monitor de Secas dos EUA. Além disso, Los Angeles não recebe nem um quarto de polegada de chuva desde abril, informou o Accuweather .
Como afirma o Washington Post , a chuva costuma impedir que os ventos de Santa Ana, que aumentam em outubro e podem soprar durante todo o inverno, causem grandes incêndios florestais.
Expansão urbana
Alguns dos bairros mais cobiçados da área metropolitana de Los Angeles pontilham as enseadas localizadas nas margens dessas cadeias de montanhas.
De acordo com Janice Coen, cientista de projetos do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica do Colorado, o desenvolvimento dessas áreas também aumentou o risco de incêndios florestais.
