“Barroso apavorou parlamentares para ser contrários ao voto impresso”, diz Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu nesta segunda-feira, 9, a possibilidade da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do voto impresso ser barrada na Câmara dos Deputados. A PEC será levada à plenário pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), mesmo após o relatório ter sido rejeitado por 23 votos a 11 pela comissão especial que analisa o tema. Durante entrevista à rádio Brado, da Bahia, o presidente culpou o ministro Luís Roberto Barroso pela possível derrota do texto. “[O Arthur Lira] vai [chamar para plenário], mas se não tiver uma negociação antes, um acordo, vai ser derrotada a proposta porque o ministro Barroso apavorou alguns parlamentares. E tem parlamentar que deve alguma coisa na Justiça, deve no Supremo. Então o Barroso apavorou, ele foi para dentro do parlamento fazer reunião com lideranças e praticamente exigindo que o Congresso não aprovasse o voto impresso.”, afirmou Bolsonaro ao lado do ministro da Cidadania, João Roma.
“Deixo bem claro que em três outros momentos na história nós aprovamos o voto impresso em Brasília. A última votação foi em 2017, mas depois o Supremo, sempre o Supremo, disse que é inconstitucional”, apontou o presidente. Durante a entrevista, Bolsonaro voltou a falar do suposto hacker infiltrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Essa pessoa foi para lá, manipulou números e o que se chega, agora fica a suposição, que tinham acertado que esse hacker desviaria 12 milhões de votos meus. Como eu tive muito voto, não foi o suficiente”, alega o presidente. “Os hacker não foram pagos, porque quem contratou, é uma suposição, deixar bem claro, não conseguiu eleger o ‘poste’ por ocasião das eleições de 2018”, disse Bolsonaro, que acusa o TSE de ter apagado os rastros dessa invasão.