Bolsonaro afirma que tem “total direito” em trocar presidente da Petrobras
O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta quinta-feira (26) a dificuldade em trocar o presidente da Petrobras. Ele afirmou que tem “total direito”, através do Ministério de Minas e Energia, de “propor mudanças, não só do Conselho, como da diretoria e do próprio presidente”. Ele afirmou que a permanência de José Mauro Coelho no comando da estatal seria o mesmo de “manter ministro do Temer” quando ele assumiu a presidência – embora esteja tentando trocar do cargo um presidente indicado por ele há menos de dois meses.
“É a mesma coisa que eu a gente tivesse, quando assumi o governo, não trocar ninguém é ficar com mesmo ministro do Temer, não tem cabimento”, afirmou.
Esta será a quarta vez, em menos de quatro anos, que o presidente Jair Bolsonaro troca o comando da Petrobras. O governo dele começou, em 2019, com Roberto Castello Branco, indicado pelo ministro Paulo Guedes, à frente da estatal. Ele foi substituído no ano passado pelo general da reserva Joaquim Silva e Luna, que caiu um ano depois pelo mesmo motivo do antecessor: desagradou a Bolsonaro com a manutenção dos reajustes dos combustíveis seguindo a cotação internacional do petróleo.
Bolsonaro deu as declarações na saída da Capela São Pedro Nolasco, na Vila Telebrasília, onde, segundo O GLOBO apurou, gravou a participação na propaganda partidária do PL, seu partido.
Como o GLOBO mostrou, a mudança no comando da estatal não será imediata. Para ser efetivado no comando da empresa, o novo presidente, Caio Paes de Andrade, vai ter que ser nomeado integrante do Conselho de Administração. E, para isso, uma nova assembleia terá de ser convocada. A Petrobras, por sua vez, está tornando o processo de troca de presidente mais lento.