Bolsonaro escolhe Padre Kelmon para falar sobre Lula amigo de Daniel Ortega que está perseguindo cristãos na Nicarágua
O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, escolheu o Padre Kelmon (PTB) para sua primeira pergunta no debate do SBT, que ocorre neste sábado (24/9). Bolsonaro relembrou seu discurso da ONU, em que criticou a perseguição de religiosos, especialmente a Nicarágua, e governos de esquerda.
Em sua pergunta, Jair Bolsonaro citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao dizer que ele é amigo de Daniel Ortega, presidente da Nicarágua.
“Padres são presos, freiras são expulsas do país. Rádio e televisão são fechadas. Ortega, o ditador, é amigo íntimo de Lula. E o Lula diz que essas questões nós não devemos nos envolver. Pergunto ao senhor Padre Kelmon, o Brasil deve fazer gestões contra esse tipo de ditadura pelo mundo?”
Padre Kelmon, candidato do PTB, disse que 84% da população brasileira é cristã e que correm “os mesmos riscos” que a população da Nicarágua.
“A Nicarágua foi tomada por um ditador há 20 anos e que está perseguindo nessas últimas duas semanas, nós acompanhamos por todos os meios de comunicação, a perseguição ferrenha aos cristão. Padres que estão na cadeia, bispo que está preso, o povo que não pode mais frequentar as missas, não está tendo mais celebração.
Para Kelmon, isso é uma “perseguição explícita” aos cristão e, para ele, o Brasil corre esse risco pois Daniel Ortega, presidente da Nicarágua citado pelo Bolsonaro, é amigo do Grupo do Foro de São Paulo, organização que reúne partidos políticos e organizações de esquerda.
É uma perseguição explícita. E porque o Brasil corre esse risco? Porque o ditador da Nicarágua é amigo do grupo do foro de são paulo
“Eu não vim em nenhum momento desse povo da esquerda criticar, falar, todos em silêncios, são amigos, mais do mesmo, mas quando eles cometem essas atrocidades, ninguém fala nada, ninguém diz nada. Nós não queremos essa situação no Brasil”, disparou Kelmon.
Após a fala de Padre Kelmon, Bolsonaro elogiou a exposição do candidato e disse que “não dará as costas” aos “perseguidos”. Kelmon disse que os cristão precisam se unir e também criticou a esquerda.