Bolsonaro guarda segredo sobre reunião com diretor da CIA
O presidente Jair Bolsonaro em conversa com apoiadores, falou sobre o encontro com o diretor da CIA, William J. Burns, que veio ao Brasil e até o presente momento, não se tem informações sobre qual o motivo de sua visita. Bolsonaro mencionou ter conversado muito com o diretor da CIA reservadamente, sem dar maiores detalhes sobre o que foi falado.
Disse também que “ninguém vive mais isolado, nem vocês”, em conversa com os apoiadores com quem dialogava. “É bom interagir com o vizinho, com o cara da frente, no seu serviço, trabalho, e eu interajo com vários países aqui”.
“Não vou dizer que isso foi tratado com ele [Burns]. A gente analisa como estão as coisas. Na Venezuela o pessoal não aguenta mais falar, mas olha a Argentina. Para onde está indo o Chile. O que aconteceu na Bolívia? Voltou a turma do Evo Morales e mais ainda: a presidente que estava lá com um mandato tampão está presa, acusada de atos antidemocráticos. Estão sentindo alguma semelhança com o Brasil? Agora, com todo respeito a vocês, vocês são uma força, mas não decidem”, disse o chefe do Executivo.
Vale lembrar que o chefe da CIA participou de uma audiência com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno. Estiveram também presentes no encontro Alexandre Ramagem, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência e Walter Braga Netto, ministro da Defesa. Na parte da noite, Burns participou de um jantar com Heleno e com o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.
Várias teorias da conspiração se desenham no submundo da internet, mas o vice-presidente Hamilton Mourão classificou a visita como normal, de acordo com o jornal. “São contatos com os contrapartes. É normal, chefe de serviço de inteligência, isso não é problema. É troca de informações. Duas nações amigas, não é problema”, afirmou.
Mesmo com a oposição quase “morta de curiosidade” e apelando para comentários e narrativas falsas, cabe esperar para saber o desenrolar dessa história.
