Bolsonaro parte para o ataque contra Moraes, após ser indiciado pela Polícia Federal

O ex- presidente, Jair Bolsonaro, reagiu à acusação que lhe foi feita pela Polícia Federal (PF) pelo seu alegado envolvimento num golpe de Estado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apontando para o ministro Alexandre de Moraes, afeto ao Supremo Tribunal. Justiça Federal, para fazer “tudo o que a lei não manda”. 

“O ministro Alexandre de Moraes faz toda a investigação, ajusta depoimentos, prende sem reclamar, pesca provas e tem assessores muito criativos. Ele faz tudo o que a lei não manda ”, disse o ex-presidente em declarações prestadas a uma coluna do metrópoles. 

Em relação ao destino do caso, sustentou que aguardará o seu advogado porque “temos que ver o que há nesta acusação da PF” e destacou que é na Procuradoria-Geral da República “onde começa a briga”. 

“Temos que ver o que tem nessa denúncia da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República (PGR). É na PGR que começa a briga. uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, finalizou. 

A reclamação

Neste dia, a PF acusou formalmente Bolsonaro de  golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa .

Também foram citados seu ex-companheiro de chapa e ex-ministro da Defesa e Casa Civil, Walter Braga Netto; o delegado Alexandre Ramagem, ex-presidente da Agência Brasileira de Inteligência; e Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal.  

Segundo o comunicado divulgado pela PF, a investigação mostrou que os investigados se estruturaram por meio de divisão de tarefas, o que permitiu individualizar comportamentos e verificar a existência de seis grupos organizados para impedir a posse de Lula.