Bolsonaro “paz e amor” busca aproximação com Maia e Alcolumbre

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Em versão “paz e amor” desde a prisão do amigo Fabrício Queiroz e preocupado com divergências no Centrão e com as dificuldades de seus ministros de articulação política em aprofundar as relações com o Legislativo, o presidente Jair Bolsonaro estuda um novo passo em direção aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

O encarregado para intermediar a aproximação é o ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), que tem excelente trânsito nas duas Casas do Congresso. Recém chegado ao governo, ele já era considerado conselheiro do presidente quando atuava como deputado federal. Agora, seu protagonismo tem gerado ciúmes entre outros auxiliares do Palácio do Planalto, especialmente do ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos.

Segundo parlamentares alinhados a Bolsonaro, o objetivo da aproximação é tentar “quebrar o gelo” com Maia para evitar novas derrotas para o governo no plenário da Câmara. Apesar de enviar sinais trocados, Alcolumbre é considerado mais próximo do Executivo.

A necessidade de um novo movimento em relação ao Congresso ocorre diante da avaliação de que a cúpula do Legislativo, principalmente no entorno de Maia, vê a “bandeira branca” do presidente com ceticismo. Entre aliados de Maia, prevalece a percepção de que é preciso “ter um pé atrás”, já que Bolsonaro acenou para uma pacificação entre os outros Poderes em outras oportunidades, mas depois retomou os ataques.

Faria, que era membro da Mesa Diretora da Câmara, foi um dos principais conselheiros para que Bolsonaro tentasse ficar mais próximo dos chefes do Legislativo. Em um aceno de paz, o presidente convidou Maia e Alcolumbre para viajar com ele durante a cerimônia de prorrogação do auxílio emergencial, na terça-feira, no Palácio do Planalto.

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