Bolsonaro tem 7 indicações para ocupar a cadeira do STF e favorito é evangélico
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem pelo menos sete indicações para ocupar a cadeira do STF (Supremo Tribunal Federal) que ficará vaga em função da aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.
Segundo reportagem publicada pelo site Metrópoles, a lista de Bolsonaro é composta por: André Luiz Mendonça, advogado-geral da União (AGU); Augusto Aras, procurador-geral da República (PGR); Gilson Lemes, presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG); Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ); Jorge Oliveira, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU); Marcos Pereira, presidente do Republicanos e bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus; e William Douglas, desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2).
O presidente disse a aliados que sua segunda indicação à Suprema Corte está reservada a um jurista “evangélico”. Por esta característica, o favorito seria o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, próximo ao senador Renan Calheiros (MDB-AL).
O favorito para a vaga no Supremo, segundo auxiliares ouvidos pelo site Metrópoles, segue sendo o atual advogado-geral da União, André Mendonça, que é pastor presbiteriano.
O ministro tem se reunido com senadores para viabilizar sua indicação. O nome do escolhido de Bolsonaro terá de passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e ser aprovado em plenário pela maioria absoluta dos senadores, ou seja, 41 dos 81 políticos. O rito é constitucional.
Nas últimas semanas, o pastor da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília vem sendo comparado ao ministro Edson Fachin, indicado pela então presidente Dilma Rousseff, que tem a prática de contrariar deputados e senadores em processos criminais. O receio, segundo o site Metrópoles, é que Mendonça também assuma a ala “punitivista”.
Na última sexta-feira (18), Marco Aurélio Mello informou que manterá sua aposentadoria para 12 de julho, estendendo por uma semana o prazo anterior, para “diminuir ao máximo” o número de processos que ficarão em seu gabinete.