Brasil resiste a iniciativa dos Brics de expandir número de países
O Brasil está resistindo à iniciativa do bloco econômico dos BRICS de expandir o número de países membros , de acordo com funcionários do governo brasileiro que falaram à Reuters sob condição de anonimato.
O Brasil teme que o grupo perca seu status após a adesão de outros estados. “Uma expansão pode transformar o bloco em outra coisa “, disse a fonte do governo. “A posição do Brasil tem se preocupado com a coesão do grupo e a preservação do nosso espaço em um bloco de países importantes”, acrescentou o dirigente.
Além disso, segundo as fontes, as autoridades brasileiras insistem que qualquer extensão deve ser gradual, manter o equilíbrio regional e preservar o papel preeminente dos cinco membros permanentes , apresentando a ideia de que novos entrantes poderiam ser admitidos como países parceiros que poderão participar de cúpulas sem se tornar membros plenos, como é feito em outras organizações internacionais.
“O Brasil vai ter que ceder em algum momento porque somos realistas e não é da nossa natureza bloquear as coisas”, disse o funcionário. ” Mas não será bom para nós “, acrescentou.
O grupo internacional é formado pelas principais economias emergentes, incluindo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Para implementar qualquer mudança, os BRICS precisam chegar a um consenso, por isso a aprovação do país latino-americano será fundamental para a expansão da organização .
Para muitas nações, o bloco oferece uma alternativa ao G7. Além disso, muitos Estados, particularmente os africanos que aspiram a ingressar no BRICS, percebem o grupo como um instrumento que pode desafiar as estruturas de governança global dominadas pelo Ocidente . Até 20 de julho, cerca de 22 países solicitaram formalmente sua entrada no bloco econômico, enquanto na segunda-feira Bolívia e Venezuela também aderiram à tendência.
