Cade abre investigação contra institutos de pesquisas eleitorais

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O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Macedo, determinou a abertura de um inquérito para investigar institutos de pesquisa.

Macedo argumentou que os institutos erraram de maneira semelhante o resultado final da votação do dia 2 de outubro para presidente da República. Ele alegou que isso pode significar que houve uma “conduta coordenada entre as empresas”, o que seria irregular.

“A jurisprudência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica é pacífica em reconhecer que a existência de indícios de paralelismos de conduta e coincidências de agentes econômicos sem que haja explicação plausível, pode indicar a configuração de infrações à ordem econômica e de acordos colusivos”, afirmou Macedo no ofício em que determina a abertura do inquérito.

Ainda segundo o presidente do Cade, não há, até o momento, uma explicação “racional” sobre as previsões dos institutos terem errado em termos parecidos.

“Diante da improvável coincidência, especialmente em relação os erros cometidos em um mesmo sentido e idênticos quanto à diferença entre os candidatos, e, ainda, frente a ausência de qualquer racionalidade (pelo menos por hora) que explique o fenômeno, pode-se concluir que há indícios de suposta conduta coordenada ou colusiva e também de efeitos unilaterais por parte dos institutos Ipec, Datafolha e Ipespe, devendo a Superintendência-Geral do Cade instaurar inquérito administrativo para apurar os fatos narrados”, continuou o presidente do Cade.

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