Catástrofe alimentar global é iminente, revela The Economist

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Espera-se que o sistema alimentar global, já enfraquecido por choques relacionados à pandemia e à crise energética, seja severamente impactado pelo conflito na Ucrânia e pelas sanções ocidentais contra Moscou, informa o The Economist.

“As exportações de grãos e oleaginosas da Ucrânia pararam e as da Rússia estão ameaçadas”, afirma o relatório.

Segundo a revista, os dois países fornecem 12% das “calorias comercializadas”.

No início desta semana, os preços do trigo – um aumento de 53% desde o início de 2022 – teriam disparado mais 6% logo após a Índia proibir todas as exportações do produto alimentar vital com efeito imediato por causa de uma onda de calor alarmante.

Na temporada 2021-2022, que começou em julho do ano passado, os fornecedores russos responderam por 16% das exportações globais de trigo e os produtores ucranianos responderam por 10%. No entanto, o conflito forçou as duas nações a proibir as exportações do grão.

Em fevereiro, a Rússia restringiu a exportação de trigo, centeio, cevada e milho fora da União Econômica da Eurásia (EAEU) até 30 de junho. Enquanto isso, a Ucrânia fechou seu único porto remanescente em Odessa.

A situação também se agravou depois que o Cazaquistão, outro grande fornecedor de grãos, proibiu amplamente as exportações para proteger seus suprimentos domésticos de alimentos.

O número de pessoas que não podem ter certeza de ter o suficiente para comer subiu para 1,6 bilhão, enquanto quase 250 milhões estão à beira da fome. Centenas de milhões mais poderiam cair na pobreza.

Em 18 de maio, Antonio Guterres, secretário-geral da ONU, alertou que os próximos meses ameaçam “o espectro de uma escassez global de alimentos” que pode durar anos.

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