Ceasa diz que não registra queda de abastecimento com paralisação dos caminhoneiros em Minas Gerais

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O fluxo de alimentos no atacado de Contagem das Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasaminas),  não foi afetado pela greve dos caminhoneiros nesta quinta-feira (9), segundo a organização. Houve até aumento da chegada de alguns produtos, como banana-prata e cebola, em relação à última semana. 

“Fizemos um comparativo dos 48 principais produtos e alguns tiveram até uma oferta um pouco mais baixa em relação à semana anterior, mas a grande maioria teve oferta normal. Tivemos a informação de que o movimento de paralisação não incluiu o transporte de produtos perecíveis, mas só saberemos isso com certeza com o passar dos dias. Quinta-feira já é um dia de movimento médio, a entrada mais forte ocorre na sexta, quarta e segunda”, detalha o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Martins. 

As principais quedas de oferta foram de mamão-havaí, que diminuiu quase 73%, e de banana-nanica, que caiu cerca de 38,5%. A diminuição, porém, ainda não pode ser atribuída à greve. A oferta nas outras unidades da CeasaMinas, em Barbacena, Caratinga, Governador Valadares, Juiz de Fora e Uberlândia também não foi afetada, segundo a organização.  

Próximos dias

O Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Minas Gerais (Sindtanque-MG), que não participou da paralisação nas estradas nesta quinta-feira, anunciou que diminuirá a frota em circulação em 50% até a próxima terça (14), quando se reunirá com o governo de Minas. A CeasaMinas pode ser afetada pelo movimento, avalia Ricardo Martins, mas ainda é cedo para dizer se haverá desabastecimento significativo. 

“Em paralisações, alimentos que vêm de municípios mais distantes da CeasaMinas, como do Norte ou Sul de Minas e de outros Estados, são mais afetados. Mas quem vem de municípios aqui do entorno consegue burlar os bloqueios com rotas alternativas”, pondera. As maçãs, por exemplo, normalmente chegam de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, percorrendo longas distâncias. 

Ainda sem sinais de desabastecimento, Martins pede que a população não corra aos mercados e sacolões para estocar alimentos, o que pode agravar a eventual escassez de oferta, que não foi registrada. “É um momento de manter a calma. Não preciso comprar 10 quilos de batata se vou comer um só”, conclui. 

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