Ciclone bomba: sobe para 10 o número de mortes no RS; mais 700 mil estão sem energia em SC

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Nove pessoas morreram em SC e um homem foi soterrado no RS. Reflexos de fenômeno climático causam ventos fortes no RJ e em SP nesta quarta.

Subiu para 10 o número de mortes causadas pelo fenômeno climático conhecido como “ciclone bomba” no Sul do país – nove mortes foram registradas em Santa Catarina e uma pessoa segue desaparecida no estado. Já no Rio Grande do Sulum homem morreu soterrado.

Durante a madrugada desta quarta-feira (1º), os ventos chegaram a 90 km/h. Conforme o monitoramento da Celesc, 711,3 mil unidades consumidoras permaneciam sem luz até as 9h15. Na terça-feira (30), a ventania causada pelo fenômeno e tempestades provocaram estragos em todas as regiões.

De acordo com a Defesa Civil do estado, uma morte foi registrada em Itaiópolis, no Norte catarinense, uma em Rio dos Cedros e uma em Ilhota, no Vale do Itajaí. Outras cinco ocorreram na Grande Florianópolis: três em Tijucas, uma em Santo Amaro da Imperatriz e uma em Governador Celso Ramos. No Oeste catarinense, uma mulher morreu em Chapecó. E ainda são realizadas buscas a uma pessoa em Brusque, também no Vale.

Nesta quarta, os estados do Rio de Janeiro e São Paulo devem sofrer fortes rajadas de vento por influência do ‘ciclone bomba’. Em SP, a velocidade dos ventos pode chegar a 80km/h. No RJ, deve chegar a até 76 km/h na capital e ressaca com ondas que devem atingir os 3,5 metros, segundo o Centro de Operações Rio.

Mortes

A morte registrada em Ilhota é de um caminhoneiro de São Paulo. A vítima, identificada como Sérgio Idalgo, de 59 anos, morreu após um muro desabar no bairro Baú Baixo. De acordo com a Defesa Civil do município, ele teria ficado preso entre um caminhão e a estrutura. Sérgio trabalhava para uma transportadora e estava há dois dias no estado catarinense.

Segundo a Defesa Civil, dois ginásios de esportes desabaram no município, casas foram parcialmente atingidas e a marquise de um mercado caiu em cima de carros.

Em Chapecó, uma idosa morreu após a casa onde ela morava ser atingida por uma árvore. Em Santo Amaro da Imperatriz, um homem perdeu a vida depois de ser atingido pela fiação elétrica de um poste depois da queda de uma árvore. Em Tijucas, três pessoas morreram atingidas por uma estrutura que caiu.

De acordo com a Defesa Civil, uma morte foi confirmada na manhã desta quarta em Governador Celso Ramos. Houve também uma morte em Itaiópolis e outra em Rio dos Cedros.

No Rio Grande do Sul, um homem morreu soterrado após um deslizamento de terra causado pelo temporal em Nova Prata, na Serra. Vanderlei Oliveira, de 53 anos, foi socorrido pelos bombeiros, que o encontraram embaixo dos escombros de um tapume que ajudava a erguer na encosta de uma construção, no loteamento Clivatti. Ele chegou a ser levado para o Hospital São João Batista, mas não resistiu.

mpresa em Rio do Sul, no Vale do Itajaí, ficou destelhada após a ventania — Foto: Arquivo pessoal

Vento permanece até a tarde

As fortes rajadas de vento causadas pelo ciclone devem continuar em todo o estado nesta quarta-feira, de acordo com o meteorologista Leandro Puchalski, da Central NSC de Meteorologia. A condição deve permanecer ao longo da manhã até o meio da tarde desta quarta.

“A principal diferença de ontem para hoje é que ontem foi muito rápido, é um vento constante. Hoje ele vai ficar moderado, essa é uma condição de vento mais constante. No fim da tarde, o ciclone deve se afastar em direção ao mar e o vento vai diminuindo no fim do dia de hoje”, afirmou.

Na maior parte do estado, deve ficar entre 40 e 60 km/h, segundo Puchalski, com pico de 80 a 100 km/h na Serra e região litorânea do estado.

Velocidade do vento durante a madrugada desta quarta-feira:

  • Rancho Queimado: 90 km/h
  • São Joaquim: 84 km/h
  • Major Gercino: 80 km/h
  • Araranguá: 75 km/h
  • Florianópolis: 50 km/h

De acordo com o meteorologista, não há previsão de temporais com chuva forte nesta quarta-feira. A previsão é de sol e tempo seco no Litoral e no Norte do estado. Na Serra e no Oeste, a nebulosidade deve predominar, onde pode ocorrer pancadas de chuva.

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