Comitê do Senado dos EUA vai intimar CEO do Twitter sobre bloqueio de mensagens
O Comitê Judiciário do Senado dos Estados Unidos está se preparando para intimar o presidente-executivo do Twitter, Jack Dorsey, depois que a plataforma de mídia social decidiu bloquear histórias do New York Post que faziam alegações sobre o filho do candidato democrata à presidência Joe Biden.
O presidente do comitê, Lindsey Graham, e os senadores republicanos Ted Cruz e Josh Hawley disseram que o comitê votará o envio da intimação na próxima terça-feira e planeja ter Dorsey diante do comitê até sexta-feira, 23 de outubro.
Enquanto isso, o Twitter na quinta-feira restringiu temporariamente a conta da campanha eleitoral do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tweetar, dizendo que um vídeo da conta sobre o filho do candidato democrata Joe Biden violou suas regras.
O vídeo postado pela conta @TeamTrump referia-se a uma história do New York Post de quarta-feira que continha supostos detalhes das negociações comerciais de Hunter Biden com uma empresa de energia ucraniana e disse que o ex-vice-presidente se encontrou com um consultor da empresa.
“Joe Biden é um mentiroso que vem roubando nosso país há anos”, trazia a legenda do vídeo.
O Twitter disse que o vídeo violou suas regras contra a postagem de informações privadas, acrescentando que a conta pode precisar excluir a postagem para continuar tweetando.
“Tudo vai acabar em um grande processo e há coisas que podem acontecer muito graves que eu prefiro não ver acontecer, mas provavelmente vai ter que acontecer”, disse Trump, quando questionado sobre a mudança pelo Twitter .
O Twitter disse na quarta-feira que a história do Post violou sua política de “materiais hackeados”, que proíbe a distribuição de conteúdo obtido por meio de hacking que contenha informações privadas ou segredos comerciais, ou que coloque as pessoas em risco de danos físicos. Dorsey admitiu que a comunicação deles sobre o motivo do bloqueio das mensagens “não foi ótima” e que fazer isso “sem nenhum contexto sobre o motivo” era “inaceitável”.
O Facebook e o Twitter tomaram medidas proativas na quarta-feira para restringir a divulgação da história do Post nas horas após sua publicação.
O Twitter impôs restrições semelhantes à conta da secretária de imprensa da Casa Branca Kayleigh McEnany na quarta-feira, depois que ela compartilhou a história do Post.
a quarta-feira, durante seu comício de campanha em Des Moines, Iowa, Trump criticou o Facebook e o Twitter por “retirar postagens negativas” sobre o relatório do Post.
“Eles estão tentando protegê-lo. Eles estão tentando proteger Biden ”, disse Trump.
