Comprar carne está mais caro em BH, e variação entre açougues chega a 179%
Quilo da picanha sai por R$ 42,95 em alguns estabelecimentos, mas pode custar até R$ 119,95 em outros; quilo do frango foi o que mais aumentou nos últimos dois meses
A um mês e cerca de três semanas do Natal, o preço das carnes – alimento tão pedido nas ceias natalinas – está cada vez mais elevado em Belo Horizonte, e adquirir certos tipos de cortes na cidade pode ser impraticável para alguns moradores. Frente a aumentos tão consideráveis, como no quilo do frango congelado cujo valor subiu em média cerca de 30% nos últimos dois meses, torna-se ainda mais necessário que o cliente compare os preços entre um açougue e outro para não ter surpresas na hora de pagar a compra.
O instituto de pesquisas Mercado Mineiro foi às ruas de BH e comparou os valores de algumas das peças mais queridas nas mesas dos brasileiros, como picanha, alcatra e costelinha, e em relatório publicado na manhã desta segunda-feira (9) demonstra que está mais caro comprar carne na capital mineira e os preços podem variar em até 179% entre estabelecimentos.
Mineiros que não abrem mão de um corte bovino no almoço ou no jantar podem optar por carnes como maminha e fraldinha, cujos preços nos açougues mais baratos estão próximos de R$ 26 e R$ 30. Entretanto, quem não pesquisar pode acabar pagando caro pelo mesmo corte – em alguns comércios, o quilo da maminha custa até R$ 69,95, uma variação expressiva de 141%. O quilo da fraldinha também pode doer na hora de pagar a conta, já que chega a custar R$ 44,80 em certos lugares da cidade.
Carnes mais nobres como picanha bovina e contra-filé têm preço mais elevado na cidade. O quilo da primeira, pedida preferida em churrascos nesta época que se aproxima do final do ano, custa entre R$ 42,95 e R$ 119,95 – uma variação de 179% se comparados os preços de um açougue para o outro. Em contrapartida, o quilo do contra-filé varia menos e, de acordo com o levantamento, permanece entre R$ 35 e R$ 54.
Também queridinha nas mesas dos mineiros apaixonados por feijoada, feijão tropeiro e outras comidas típicas do cardápio regional, a carne de porco sofreu elevação de até 20% de setembro para cá. O que mais aumentou foi o quilo do lombo inteiro, cujo preço médio subiu de R$ 19,56 para R$ 23,49. Valores referentes aos quilos de costelinha e bisteca também aumentaram. Há dois meses, a costelinha podia ser comprada, em média, em Belo Horizonte, por R$ 21,86, mas, agora, é necessário desembolsar cerca de R$ 25,37.
Novamente, vale o alerta para que o consumidor sempre pesquise antes de comprar, já que em alguns açougues o quilo da bisteca com costela varia em até 149%, custando R$ 15,99 no estabelecimento mais barato, e até R$ 39,95 no mais caro. Tira-gosto mais amado para acompanhar cerveja e outras bebidas alcoólicas, o torresmo também pode apertar o bolso do consumidor. De acordo com o levantamento, o quilo do toucinho para torresmo custa entre R$ 18,90 e R$ 35,80 na capital mineira, uma variação de 89%.
Mais característico no dia-a-dia da população de BH, o frango também está mais caro e, segundo o Mercado Mineiro, foram constatados aumentos de até 30% no preço médio do alimento em açougues, sacolões e supermercados da cidade. O quilo do frango congelado, que custava em média R$ 6,48, já custa R$ 8,44 em determinados estabelecimentos – o preço varia em média de 91% de um lugar para o outro. Já o quilo do frango resfriado pulou de R$ 7,57 para R$ 8,97.
Os preços variam entre as casas de carne de Belo Horizonte, e o quilo do coração de frango custa entre R$ 16,99 e R$ 34,95 – cerca de 105% de diferença. Os amantes de cachorro-quente também têm que ficar atentos à divergência nos preços praticados, uma vez que o quilo da salsicha custa R$ 6,99 no lugar mais barato, mas chega a R$ 12,50 no mais caro.