Crise da Covid-19 pode ficar ‘pior e pior’ se países não aderirem às precauções básicas, alerta OMS

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Diretor da organização internacional de saúde disse que entre os 230 mil novos casos registrados no domingo, 80% eram de 10 países e 50% de Brasil e EUA. Afirmou, ainda, que não recebeu uma notificação formal da saída dos EUA anunciada por Trump.

A pandemia da Covid-19, doença do novo coronavírus, pode ficar cada vez pior se os países não aderirem às precauções básicas de saúde, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira (13).

“Deixe-me ser franco, muitos países estão indo na direção errada, o vírus continua sendo o inimigo público número um”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em Genebra.

“Se o básico não for seguido, o único caminho dessa pandemia será ficar cada vez pior e pior e pior.”

As infecções superaram a marca de 13 milhões em todo o mundo nesta segunda-feira, acrescentando mais de um milhão de casos em apenas cinco dias. A pandemia já matou mais de meio milhão de pessoas.

Tedros, cuja liderança tem sido fortemente criticada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que entre os 230 mil novos casos notificados no domingo, 80% eram de 10 países e 50% de apenas dois países, Estados Unidos e Brasil, que são os mais afetados.

“Não haverá retorno ao antigo normal no futuro próximo. Há muito com o que se preocupar”, acrescentou Tedros, em um de seus comentários mais fortes nas últimas semanas.

Tedros disse que a OMS ainda não recebeu uma notificação formal da saída dos EUA anunciada por Trump. O presidente norte-americano diz que a OMS se alinhou à China, onde a Covid-19 foi detectada pela primeira vez, no início da crise.

Trump, no entanto, que usou uma máscara protetora em público pela primeira vez no fim de semana, foi acusado por adversários políticos de não levar o coronavírus a sério. O presidente americano nega.

Na semana passada, uma equipe da OMS foi à China para investigar as origens do novo coronavírus, descoberto pela primeira vez na cidade de Wuhan. Os membros da equipe ficaram em quarentena, de acordo com o procedimento padrão, antes de começarem a trabalhar com cientistas chineses, segundo informações de Mike Ryan, chefe do programa de emergências da OMS.

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