Cruzeiro joga mal e é batido pelo América, e vê Z4 mais próximo na Série B
O torcedor do Cruzeiro que acompanhou o clássico contra o América, neste sábado, no Mineirão, pela 6ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, deve ter ficado frustrado com o resultado e pessimista com o futuro do clube na competição. A Raposa foi amplamente inferior ao Coelho, que mostrou futebol coletivo de qualidade e venceu por 2 a 1. Os gols alviverdes foram marcados por Bauermann e Matheusinho, no primeiro tempo. Arthur Caíke descontou na etapa final.
Com o resultado, o América foi a 11 pontos e subiu para a terceira posição na competição. Já o Cruzeiro ficou com quatro pontos, na 14ª colocação – vale lembrar que a Raposa começou a Série B com menos seis pontos em função de uma punição da Fifa.
O tempo passa e a cada rodada o time de Enderson Moreira fica mais longe do G-4 – clique aqui e confira a tabela. Este foi o quarto jogo do time celeste sem vitória: derrota para a Chapecoense (1 a 0), empate com o Confiança (1 a 1), ambos pelo Brasileiro, eliminação na Copa do Brasil diante do CRB com o empate por 1 a 1 (revés por 3 a 1 no placar agregado) e derrota neste sábado.
Na próxima rodada, o time estrelado enfrenta o Brasil de Pelotas, na quarta-feira, às 21h30, no estádio Bento Freitas, em Pelotas, no Rio Grande do Sul. No mesmo dia, às 16h30, o América recebe o CSA, no Independência.
Enderson Moreira e Lisca escalaram os times com novidades. No Cruzeiro, o atacante Airton foi titular pela primeira vez depois de se destacar no empate com o CRB. Outra mudança foi a entrada de Henrique na vaga de Jadsom.
No América, o atacante Marcelo Toscano assumiu a vaga de Leo Passos. No banco, a cara nova foi o meia-atacante Guilherme, ex-Atlético e Cruzeiro, recém-contratado pelo Coelho.
O jogo
O clássico começou com o Cruzeiro buscando o ataque de forma desorganizada – esse, aliás, é o termo ideal para resumir o time de Enderson Moreira. A equipe celeste tentou explorar a velocidade de Airton, sem sucesso. O América, por sua vez, mostrou mais qualidade e futebol coletivo. Aos poucos, o Coelho fez valer a sua superioridade.
Não demorou para o primeiro gol sair. Aos 25 minutos, após cruzamento na área, Bauermann disputou pelo alto com Leo, e a bola sobrou para Rodolfo. O atacante girou e cruzou para o zagueiro do América completar de pé direito para o gol: 0 a 1.
Na comemoração, Bauermann fez o famoso gesto dos braços cruzados em homenagem ao ator Chadwick Boseman, protagonista do filme Pantera Negra, que faleceu na noite dessa sexta-feira, vítima de câncer.
Com dificuldade de acertar a marcação no meio-campo e errando na saída de bola, o Cruzeiro foi presa fácil mais uma vez. Aos 30 minutos, Zé Ricardo esticou passe para Daniel Borges, que ganhou dividida de Ariel Cabral – o argentino teve uma das piores atuações com a camisa celeste.
A bola sobrou para Rodolfo, que cruzou rasteiro na segunda trave. Matheusinho finalizou, mas Cáceres salvou em cima da linha. O camisa 10 do Coelho pegou a sobra e ampliou: 0 a 2.
Para tentar dar uma sacudida no time, Enderson fez três alterações na volta para o segundo tempo. Saíram o lateral-esquerdo Giovanni, o volante Ariel Cabral e o meia Régis. Entraram Matheus Pereira, Jadsom e Maurício. As alterações mudaram pouco o panorama da partida. O Cruzeiro até mostrou vontade, mas a equipe seguiu desorganizada.
Inteligente, o América conseguiu administrar e fazer um segundo tempo de poucos riscos. Sem triangulações e tabelas, o Cruzeiro encontrou solução na bola parada. Aos 30’, Arthur Caíke acertou bela cobrança de falta no ângulo e marcou um golaço: 1 a 2. No abafa, o time celeste tentou o empate no fim do jogo, mas não foi efetivo.