Decisão de Biden sobre armas de longo alcance da Ucrânia é um “grande passo” rumo à III Guerra Mundial, afirma legisladores russos
A Rússia acusou o presidente Biden de dar um “passo muito grande” de forma imprudente em direção ao início da Terceira Guerra Mundial ao permitir que a Ucrânia implantasse mísseis de longo alcance de fabricação americana.
A Ucrânia já disse que planeja aproveitar a mudança de política em questão de dias após ter sido noticiado no domingo que Biden havia suspendido a proibição de mísseis — em uma reversão significativa da política de Washington no conflito Ucrânia-Rússia.
“Este é um passo muito grande em direção ao início da Terceira Guerra Mundial”, disse Vladimir Dzhabarov, primeiro vice-chefe do comitê de assuntos internacionais da câmara alta russa, de acordo com a agência de notícias russa Tass.
Outras autoridades russas também alertaram que a medida provocaria uma resposta imediata.
“O Ocidente decidiu por um nível de escalada tal que pode terminar com o estado ucraniano em ruínas completas pela manhã”, disse Andrei Klishas, um membro sênior do Conselho da Federação, a câmara alta do parlamento russo, no aplicativo de mensagens Telegram.
A aparente decisão veio poucas semanas antes do presidente eleito Donald Trump tomar posse e quando segunda-feira marcou 1.000 dias desde que a Rússia começou a travar sua guerra exaustiva.
A medida também ocorre após meses de apelos do
presidente ucraniano Volodymyr Zelensky para permitir que os militares ucranianos usem armas fornecidas pelos EUA para atingir alvos militares russos longe de sua fronteira.
A Casa Branca se recusou a comentar a medida, que foi noticiada primeiramente pelo New York Times.
Embora o presidente russo, Vladimir Putin, não tenha abordado diretamente a mudança de Biden, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, remeteu os jornalistas à sua posição anterior, na qual enfatizou que permitir que a Ucrânia atacasse a Rússia aumentaria significativamente os riscos no conflito.
Qualquer movimento desse tipo mudaria “drasticamente a própria natureza do conflito”, disse Putin em setembro.
“Isso significa que os países da OTAN — os Estados Unidos e os países europeus — estão em guerra com a Rússia.”