Deus nunca vai te abandonar, Ele tem socorro para você

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Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste? Por que estás tão longe de salvar-me, tão longe dos meus gritos de angústia? Meu Deus! Eu clamo de dia, mas não respondes; de noite, e não recebo alívio! (Salmo 22:1-2)

Neste salmo, Davi clama a Deus por ajuda, mas se sente abandonado e em profunda agonia porque Deus não responde a ele. Ele expressa total desesperança e desespero e não consegue compreender por que Deus o abandonou. Ele está sofrendo tanto fisicamente (Salmos 22:14-15) quanto socialmente (versículos 6-8). O que é mais perturbador para ele, é seu aparente abandono por Deus, pois, o relacionamento que ele teve toda a vida com Deus parece estar rompido.

No entanto, mesmo em sua desolação, Davi ora: “Meu Deus, meu Deus”, reconhecendo sua fé em Deus e dependência Dele, apesar da aparente distância e silêncio do Senhor.

Depois de suas primeiras palavras de desespero, Davi declara abertamente sua confiança no Senhor: “Tu, porém, és o Santo, o louvor de Israel. Em ti os nossos antepassados puseram a sua confiança; confiaram, e os livraste. Clamaram a ti, e foram libertos; em ti confiaram, e não se decepcionaram” (Salmo 22:3–5).

Davi sabe que Deus nunca abandona Seu povo: “Proclamarei o teu nome a meus irmãos; na assembléia te louvarei. Louvem-no, vocês que temem o Senhor! Glorifiquem-no, todos vocês, descendentes de Jacó! Tremam diante dele, todos vocês, descendentes de Israel! Pois não menosprezou nem repudiou o sofrimento do aflito; não escondeu dele o rosto, mas ouviu o seu grito de socorro” (Salmo 22:22–24).

Centenas de anos no futuro, Jesus foi pregado na cruz, suportando Seus momentos de tormento mais intensos. Ele precisava desesperadamente da presença de Seu Pai. Em alta voz, o Senhor clamou o que o salmista havia escrito na profecia messiânica, “Eloí, Eloí, lamá sabactâni?”, que significa “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?” (Mateus 27:46).

Quando Ele estava na cruz, Cristo recitou o Salmo 22:1. Unindo-se à multidão de humanos em suas aflições, Jesus tornou-se um com eles em Seu sofrimento e clamou a Deus por ajuda.

Este salmo foi escrito para dar às pessoas um modelo de oração em tempos de extrema necessidade e sofrimento. Como tantos outros salmos, ele expressa de maneira comovente a experiência emocional comum de pessoas que se sentem sozinhas e angustiadas.

Nosso Salvador que é totalmente Deus, e totalmente humano, se identifica conosco em todos os sentidos, mesmo nos momentos mais fracos; mesmo quando sentimos que Deus nos abandonou. Por meio da identificação total de Cristo conosco, Ele nos dá Seu próprio exemplo de como verter nossos corações a Deus. Jesus nos mostra que confiar em Deus significa falar com Ele nos bons e nos maus momentos e que devemos confiar especialmente Nele nos piores momentos da vida.

O livro de Hebreus nos diz que: “Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da Sua reverente submissão” (Hebreus 5:7). Jesus pediu que o cálice fosse tirado Dele (Lucas 22:42), mas o cálice não foi tirado. No entanto, Sua oração foi ouvida porque Sua oração não era para escapar da vontade de Seu Pai, mas para aceitá-la, e essa oração foi definitivamente ouvida.

Às vezes temos que passar por momentos difíceis antes de podermos ver claramente nossa própria rebelião e orgulho que o Senhor está tentando nos mostrar. Quando sofremos, podemos nos sentir isolados de Deus, mas a realidade é que Deus está conosco passo a passo e está tentando nos ensinar o que nesse momento ou circunstância não podemos ver.

A Bíblia nos ensina que vamos sofrer de muitas maneiras diferentes. E quando sofremos, devemos lembrar que:

Se formos fiéis, sabemos que Deus está presente, mesmo quando Ele parece distante;
O tempo de Deus é perfeito, mesmo quando Ele parece não ouvir; e
Durante nossos momentos de sofrimento, a coisa mais importante a fazer é manter nossa fé e confiança em Deus.
A Escritura nos diz: “Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apóie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e Ele endireitará as suas veredas” (Provérbios 3:5-6).

Quando Jesus assumiu sobre Si os pecados de toda a humanidade, Ele reconheceu se sentir abandonado pelo Pai, mas, como Davi, Ele confiou em Deus. Ele sabia que estava cumprindo o propósito de Deus ao dar a Sua vida: “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21).

Portanto, o maior erro que qualquer cristão pode cometer é substituir a vontade de Deus por sua própria vontade.

Se você está tendo problemas em ouvir o Senhor, considere este versículo: “Se eu contemplar a iniqüidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá” (Salmo 66:18).

Salete Sartori colunista do Devocional do dia

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