Dólar passa a cair 5,17 após contração recorde do PIB dos EUA

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Na véspera, a moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 0,35%, vendida a R$ 5,1748.

dólar passou a operar em queda nesta quinta-feira (30), após contração recorde da economia dos Estados Unidos no segundo trimestre de 2020.

Às 10h33, a moeda norte-americana caía 0,2%, vendida a R$ 5,1645. Veja mais cotações.

Na véspera, o dólar encerrou o dia em alta de 0,35%, vendida a R$ 5,1748, após decisão do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) de manter inalterada a taxa básica de juros do país, entre 0 e 0,25%. Com a variação desta quarta, a moeda acumula queda de 4,87% no mês, mas alta de 29,05% no ano.

Cenário externo

A economia dos Estados Unidos sofreu uma contração recorde de 32,9% no segundo trimestre de 2020, segundo dados anualizados divulgados nesta quinta-feira (30) pelo escritório oficial de estatísticas do Departamento do Trabalho (BEA). No trimestre anterior, a queda havia ficado em 5%.

O Produto Interno Bruto (PIB) em dólares correntes foi estimado em US$ 19,41 trilhões, uma queda de 34,3% (ou US$ 2,15 trilhões).

Foi a maior contração desde a Grande Depressão, no início do século passado, conforme a pandemia atingiu fortemente os gastos das famílias e das empresas. A queda também representa mais do triplo do recuo de 10% registrado no segundo trimestre de 1958 – a maior queda já vista desde então.

Na véspera, o Federal Reserve decidiu manter as taxas de juros do país na faixa entre 0 e 0,25% e reforçou que usará todas as suas ferramentas “para apoiar a economia dos EUA neste momento desafiador”.

A decisão pela manutenção dos juros já era esperada pelo mercado. O BC dos EUA também informou que vai manter os juros próximos a zero pelo tempo necessário para a economia se recuperar das consequências do surto de coronavírus, afirmando que a trajetória da atividade dependerá do curso do vírus.

Investidores agora precisam observar se o Congresso pode concordar com novas medidas de apoio econômico. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na quarta-feira que seu governo e os democratas no Congresso ainda estão divididos quanto a seus esforços para chegarem a um acerto sobre um projeto de alívio aos efeitos do coronavírus.

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