Dólar registra forte avanço devido ao agravamento de tensões comerciais EUA e China
O dólar registrou um forte avanço nesta terça-feira (8), encerrando o dia a R$ 5,99, impulsionado pela decisão dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa extra de 50% sobre produtos importados da China. Com isso, as taxas impostas pelos EUA ao país asiático somam 104% e começam a valer já na quarta-feira (9), segundo a Casa Branca.
Essa movimentação elevou o dólar ao maior valor desde janeiro, enquanto o Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, sofreu uma queda significativa. Na véspera, o ex-presidente Donald Trump já havia declarado que imporia taxas adicionais caso a China não recuasse em sua resposta aos impostos norte-americanos.
Autoridades chinesas, no entanto, garantiram que não voltarão atrás e que continuarão respondendo aos aumentos tarifários, reforçando que “não há vencedores em uma guerra comercial”. Durante o dia, Trump publicou em sua rede social que acredita que a China deseja negociar um acordo, mas ainda não sabe como iniciar o processo.
No mercado financeiro, o dólar teve alta de 1,47%, chegando a R$ 6,0053 na máxima do dia. Já o Ibovespa recuou 1,32%, atingindo 123.932 pontos, acumulando quedas na semana e no mês, mas mantendo um saldo positivo no ano.
Enquanto isso, os mercados internacionais apresentaram diferentes desempenhos. As bolsas asiáticas tiveram alta, com o índice japonês Nikkei 225 avançando 6,01%. Na Europa, os principais índices também registraram ganhos, com destaque para o SMI da Suíça, que subiu 3,12%.
Essa escalada na tensão comercial entre EUA e China continua sendo acompanhada de perto pelo mercado, já que pode gerar impactos duradouros na economia global.
