Dólar sobe ainda mais enquanto bolsas pelo mundo afundam com temor de conflito comercial

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Nesta segunda-feira (7), a moeda americana encerrou o dia em alta, cotada a R$ 5,91, em um cenário de apreensão nos mercados financeiros globais. O temor de um iminente conflito comercial internacional impulsionou a valorização do dólar, que chegou a atingir R$ 5,9313 durante a sessão.

A instabilidade decorre da implementação de tarifas sobre importações, que entraram em vigor no sábado (5). Essa medida, anunciada na quarta-feira (2), estabeleceu taxas que variam de 10% a 50% sobre produtos de mais de 180 países.

O índice Ibovespa da bolsa brasileira registrou uma queda de 1,31%, fechando aos 125.588 pontos. Com este resultado, o Ibovespa acumula perdas na semana (-1,31%) e no mês (-3,59%), apesar de ainda apresentar ganho no ano (+4,41%). Na sessão anterior, o índice já havia recuado 2,96%.

O sentimento negativo se intensificou após a reação da China, que anunciou medidas retaliatórias em resposta à imposição de taxas adicionais sobre seus produtos. A ameaça de novas elevações tarifárias por parte de uma grande economia global, caso não haja recuo na retaliação chinesa, também contribuiu para a cautela do mercado. Adicionalmente, existe a expectativa de que a União Europeia possa anunciar suas próprias medidas em resposta às tarifas implementadas.

Investidores manifestam preocupação com a possibilidade de uma escalada para uma guerra comercial generalizada. Esse cenário poderia gerar inflação nos países envolvidos, devido ao aumento dos custos de produção, e reduzir o comércio internacional e o consumo interno, impactando negativamente o crescimento econômico.

As bolsas asiáticas e europeias apresentaram quedas significativas nesta segunda-feira, refletindo o impacto das tarifas e da retaliação chinesa, alimentando o receio de um conflito comercial global. Este é o terceiro dia consecutivo de declínios generalizados nos mercados de ações mundiais. Na semana anterior, as principais bolsas de Wall Street já haviam sofrido perdas expressivas.
Na Ásia, as bolsas fecharam com fortes quedas, com destaque para Hong Kong (-13,22%) e o índice chinês CSI 1000 (-11,39%). Na Europa, o índice Euro Stoxx 50 recuou 4,31%. Nas Américas, os principais índices de Wall Street operavam em baixa durante a tarde.

O Ibovespa também seguia a tendência de queda.
As principais bolsas europeias registraram os seguintes desempenhos: Alemanha (-4,26%), França (-4,78%), Reino Unido (-4,56%), Itália (-5,19%), Espanha (-5,14%), Holanda (-4,42%) e Suíça (-4,76%).

As principais bolsas asiáticas tiveram as seguintes variações: Hong Kong (-13,22%), China (-11,39%), Japão (-7,68%), Coreia do Sul (-5,57%) e Índia (-3,24%).

Os preços do petróleo também apresentaram queda, com as cotações do Brent e do WTI recuando cerca de 1,40%. Essa baixa reflete a expectativa de menor demanda pela commodity caso se concretize um conflito comercial entre as maiores economias mundiais, o que poderia levar a uma desaceleração da atividade econômica global.

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