Dólar sobe e fecha a R$ 5,38 com incertezas sobre Brasil e fluxo negativo
O dólar fechou em alta ante o real nesta quarta-feira, depois de cair mais de 1% durante a manhã, com as incertezas sobre a economia do Brasil pesando sobre o cenário para ingresso de capital.
A moeda brasileira mais uma vez ficou atrás de vários de seus pares emergentes e não conseguiu capturar de forma consistente o dia positivo nos mercados internacionais, embalados por notícias sobre desenvolvimento de vacinas contra o Covid-19.
A forte alta do Ibovespa, índice de referência do mercado de ações do Brasil, em dia de valorização do dólar ante o real sugere que a sessão novamente foi influenciada pelo trade “compra de bolsa/compra de dólar”.
Analistas têm destacado a ausência do real nas listas de ativos que mais claramente podem se beneficiar de uma retomada da atividade, uma vez que o juro baixo barateou o custo de hedge via câmbio de posições em outros mercados, como o de ações
O dólar à vista subiu 0,66%, a 5,3838 reais na venda.
A moeda oscilou entre queda de 1,05%, para 5,2921 reais, e alta de 0,77%, a 5,3894 reais. Na B3 (B3SA3), o dólar futuro tinha valorização de 0,31%, a 5,3910, às 17h09.
No exterior, o índice do dólar frente a uma cesta de seis moedas de países ricos caía 0,1%, enquanto rand sul-africano, peso mexicano e peso chileno –de perfil semelhante ao do real– ganhavam entre 0,5% e 0,8%. Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos, disse que um dos principais fatores para a instabilidade no câmbio é o fato de que o Brasil segue como um dos principais focos globais da pandemia de coronavírus.