Em nova nota, Ministério da Defesa esclarece que não excluiu existência de fraude nas urnas
O Ministério da Defesa voltou a discutir a possibilidade de fraude nas eleições. Na manhã desta quinta-feira (10/11), a pasta emitiu um comunicado com o intuito de “evitar distorções do conteúdo do relatório”, enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Conforme o órgão público, o relatório das Forças Armadas não excluiu a possibilidade de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas.
“O Ministério da Defesa esclarece que o acurado trabalho da equipe de técnicos militares na fiscalização do sistema eletrônico de votação, embora não tenha apontado, também não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022”, escreveu a pasta.
De acordo com o Ministério da Defesa, houve possibilidade de risco à segurança das urnas eletrônicas. Além disso, ele alega que os testes não foram suficientes para “afastar a possibilidade da influência de um eventual código malicioso capaz de alterar o funcionamento do sistema de votação”.
Ainda segundo a pasta, o Ministério solicitou ao TSE, com urgência, “a realização de uma investigação técnica sobre o ocorrido na compilação do código-fonte e de uma análise minuciosa dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas, criando-se, para esses fins, uma comissão específica de técnicos renomados da sociedade e de técnicos representantes das entidades fiscalizadoras”.
Veja os pontos levantados pelo Ministério da Defesa
- Houve possível risco à segurança na geração dos programas das urnas eletrônicas devido à ocorrência de acesso dos computadores à rede do TSE durante a compilação do código-fonte;
- Os testes de funcionalidade das urnas (Teste de Integridade e Projeto-Piloto com Biometria), da forma como foram realizados, não foram suficientes para afastar a possibilidade da influência de um eventual código malicioso capaz de alterar o funcionamento do sistema de votação; e
- Houve restrições ao acesso adequado dos técnicos ao código-fonte e às bibliotecas de software desenvolvidas por terceiros, inviabilizando o completo entendimento da execução do código, que abrange mais de 17 milhões de linhas de programação