Estados decidem manter escolas cívico-militares apesar da decisão do governo Lula
A decisão do Ministério da Educação de encerrar o programa de escolas civis-militares implantado no governo de Jair Bolsonaro não significa que essas unidades serão desmilitarizadas. Estados como Paraná, Santa Catarina, Pará e Acre, por exemplo, decidiram ter suas próprias escolas dentro do mesmo modelo.
Minas Gerais, Tocantins, Amazonas e Amapá analisam continuidade. A direção paulista chegou a declarar que em 2024 os militares sairiam da única unidade de formação civil-militar do estado, localizada no Guarujá. Mas, no final das contas, o próprio governador Tarcísio de Freitas, que foi ministro e é aliado de Bolsonaro, anunciou a intenção de editar um decreto regulamentando um programa estadual de escolas civis-militares.
Além disso, as redes estaduais aceleraram seus próprios programas. Uma pesquisa do O GLOBO constatou que os estados já criaram mais 225 unidades.
Entre 2020 e 2022, o governo Bolsonaro gastou R$ 94 milhões em escolas civis-militares. Neste ano, o governo Lula não comprometeu recursos adicionais. Estes valores colocam o programa 2021-2022 entre os 15 principais fundos discricionários (onde apenas o ministro pode decidir quanto gastar) para o ensino básico.