Febre Oropouche chega em SP: estado tem os primeiros casos da doença
A Secretaria Estadual da Saúde confirmou hoje que o estado de São Paulo registrou seus primeiros casos de febre Oropouche. Duas pessoas foram diagnosticadas com a doença no município de Cajati, na região do Vale do Ribeira. Felizmente, ambas tiveram evolução positiva em seus quadros de saúde e já estão curadas.
As infecções virais foram detectadas por meio de exames de RT-PCR realizados pela Vigilância da Circulação Viral dos Arbovírus e já foram relatadas ao Ministério da Saúde. O Instituto Adolfo Lutz analisou as amostras coletadas e descartou outras doenças como zika, chikungunya e febre amarela.
As pacientes vivem em uma área rural próxima a uma plantação de bananas e não haviam viajado no mês anterior ao início dos sintomas.
Transmissão e Ciclos
A Febre Oropouche é transmitida principalmente por mosquitos. Após picarem uma pessoa ou animal infectado, os mosquitos mantêm o vírus em seu sangue por alguns dias. Quando esses mosquitos picam outra pessoa saudável, podem passar o vírus para ela.
Existem dois ciclos de transmissão:
Ciclo Silvestre: Neste ciclo, os animais, como bichos-preguiça e macacos, são os portadores do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem ser portadores. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo.
Ciclo Urbano: Aqui, os humanos são os principais portadores do vírus. O maruim também é o vetor principal. Além disso, o mosquito Culex quinquefasciatus (o famoso pernilongo ou muriçoca), comum em ambientes urbanos, também pode ocasionalmente transmitir o vírus.