Flamengo vence o Barcelona na libertadores e faz Dome respirar alívio
Ufa. Se não foi esta, certamente outra expressão de alívio foi ouvida na casa dos flamenguistas nesta terça-feira. Depois de um primeiro tempo de brilhantismo, o Flamengo se perdeu no segundo tempo, mas, ainda assim, após drama com nove casos de Covid-19 e tensão com os 5×0 na bagagem, saiu vitorioso diante do Barcelona, no Estádio Olímpico de Guayaquil: 2 a 1, com gols de Pedro e Arrascaeta. Emmanuel Martínez diminuiu.
O confronto desta noite – que por pouco não foi adiado – foi válido pela quarta rodada do Grupo A da Libertadores. Por lá, agora, o Rubro-Negro soma nove pontos, encaminhando a vaga às oitavas. Os equatorianos seguem zerados, sem chances de avançar.
INÍCIO ANIMADOR
A expectativa da Nação era tremenda: o que esperar de uma equipe recém-humilhada em campo e que acumulou contratempos, com lesões e atuais sete casos do novo coronavírus no elenco, fora? E o início foi animador, uma prévia do que viria pela frente (ao menos até o intervalo).
Em um 4-2-3-1 envolvente, sem peças fixas, o Flamengo logo alugou o terreno no campo da defesa equatoriana. A primeira bola na rede, nesse cenário pouco desafiador, surgiu ainda nos primeiros cinco minutos. Pedro recebeu de Gerson, depois de bela arrancada, e não titubeou (como costuma ser): caixa.
PASSOU A SEGUNDA E ENGRENOU
O gol inicial não foi apenas uma resposta imediata à goleada sofrida na última quinta. A atuação do time de Dome seguia sólida, tendo o jogo sob controle. Boas tramas foram criadas na entrada da área, principalmente com Pedro abrindo espaço para Everton Ribeiro e Arrascaeta.
E os dois últimos foram os protagonistas do segundo gol. A equipe rubro-negra engrenou de vez quando Pedro fez o pivô, serviu Everton Ribeiro, que, pela direita, encontrou Arrascaeta dentro da área. O uruguaio dominou e logo arrematou, assim como o camisa 21. O resultado foi o mesmo: bola na rede, aos 25 minutos. O domínio foi contundente até os últimos lances da etapa inicial, quando o ritmo caiu e o Barcelona chegou com perigo duas vezes.
PANE DEFENSIVA
Os sustos antes do intervalo amadureceram ao ponto de, ainda no primeiro lance de destaque no segundo tempo, o Barcelona encontrar espaços para descontar o marcador sem muito esforço. Martínez, livre após pane na defesa brasileira, recebeu de Colmán e deu contornos dramáticos à partida: 1×2.
CENÁRIO DE DRAMA
Após levar o gol no começo da etapa final, o Flamengo passou a se deparar com um cenário oposto ao do primeiro tempo. A queda física se acentuou, Pedro pediu para sair por incômodo muscular (mas não sem antes desperdiçar uma oportunidade, atipicamente) e o risco de deixar pontos pelo caminho flertou com a realidade. Os mandantes foram se apegando aos últimos suspiros de esperança.
A engrenagem do Fla, que parecia fluida, deixou de dar o controle das ações. O técnico Fabián Bustos fez mudanças para preencher o ataque e pressionar os visitantes no abafa. O cascudo Jonatan Álvez tornou-se a principal arma pela igualdade no marcador, que não foi mais alterado. Triunfo no sufoco, mas essencial para a sequência.