Flávio Dino não descarta pedir extradição de Bolsonaro

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O ministro da Justiça e Segurança Pública , Flávio Dino (PSB-MA), afirmou nesta terça-feira (28) que, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro não compareça para prestar depoimentos nos processos em que é investigado, a Polícia Federal deverá pedir ao Judiciário que ações jurídicas internacionais sejam feitas, como  a extradição.

“Há uma investigação em curso, e ele é um dos investigados formalmente e, é claro, que em algum momento ele vai ter que ser ouvido. Se ele não comparecer nos próximos meses, é claro que a Polícia Federal vai pedir providências. Pedir a quem? Ao poder judiciário para que deflagre algum mecanismo de cooperação internacional, que é uma tendência que nós estamos defendendo. Não é algo restrita a essa investigação”, disse o ministro aos jornalistas no Palácio do Planalto.

Bolsonaro deixou o Brasil no dia 30 de dezembro do ano passado  e segue até hoje nos Estados Unidos. Ele chegou ao país norte-americano como presidente da República, mas agora está por lá com o visto de turista, pois perdeu o passaporte de autoridade.

O ex-presidente não definiu quando voltará para o Brasil, apesar de ter dito aos aliados que estuda retornar em março. Porém, se ele não aparecer para prestar esclarecimentos sobre os episódios em que está sendo investigado, a justiça brasileira não descarta a possibilidade de pedir a extradição.

“No limite, não é algo que está colocado na ordem do dia, mas, no limite, sim. Seria possível. Seria possível alguma providência de cooperação jurídica internacional. Uma carta rogatória, por exemplo, seria possível”, relatou Dino.

No entanto, o ministro apostou que dificilmente precisará pedir a extradição. Na opinião dele, o ex-presidente terá “bom senso” e vai se apresentar na sede da Polícia Federal para prestar esclarecimentos.

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