Guerra comercial? Haddad afirma que o Brasil não retaliará Trump

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (12) que o Brasil não retaliará imediatamente os Estados Unidos após a implementação da taxação de 25% sobre o aço e o alumínio. Haddad disse que seguirá a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de manter a calma neste momento. Ele fez a declaração ao sair do Ministério da Fazenda.

“Nós não vamos proceder assim [retaliação] por orientação do presidente da República. O presidente Lula falou, ‘muita calma nessa hora’. Nós já negociamos outras vezes em condições até muito mais desfavoráveis do que essa”, disse Haddad.

De acordo com o ministro, o setor de materiais apresentou propostas que serão analisadas pela Fazenda e incluídas nas negociações com os EUA. Haddad afirmou que há um erro de diagnóstico de Donald Trump, que atribuiu a alta de impostos sobre a importação do aço a uma “revenda” feita pelos fabricantes brasileiros. “O que a gente importa de aço não tem nada a ver com o que a gente exporta de aço”, disse Haddad.

“A mesa de negociação que está aberta já com o governo americano e que foi bem-sucedida em outros momentos do passado recente, quando atitudes semelhantes foram tomadas e revertidas em benefício do comércio bilateral. Nós estamos começando a estudar propostas do setor, que tem toda a legitimidade de trazer propostas para nós”, disse o ministro.

A declaração foi feita um dia após o presidente Lula cobrar respeito de Donald Trump. Em um evento em Minas Gerais na terça-feira (11), o petista disse que não adianta o republicano “gritar de lá”, pois o petista não tem “medo de cara feia”.

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