Havaí tem 106 mortos pelos incêndios florestais até o momento; desaparecidos 1300
As primeiras vítimas dos incêndios florestais mortais que varreram a ilha de Maui na semana passada foram identificadas pelas autoridades.
O departamento de polícia de Maui nomeou as duas primeiras vítimas como Robert Dyckman, 74, e Buddy Jantoc, 79, ambos da cidade de Lahaina.
O número de mortos nos incêndios chegou a 106, com cerca de 1.300 desaparecidos.
É provável que leve mais alguns dias para que as autoridades cheguem a um número preciso do número de mortos, disse o governador do Havaí, Josh Green.
“Oferecemos nossas mais profundas condolências às famílias que estão começando a receber notificações sobre seus entes queridos”, disse o prefeito do condado de Maui, Richard Bissen. “Como comunidade, oferecemos nossas orações de conforto neste momento tão difícil”.
Ele disse que as autoridades identificaram três outros indivíduos, cujos parentes mais próximos seriam informados.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que viajará para o Havaí “assim que puder”, em meio a críticas à resposta de seu governo.
O presidente disse na terça-feira que ainda não havia visitado por temer que isso desviasse recursos e atenção da resposta humanitária. Jill Biden iria acompanhá-lo ao Havaí, disse ele.
“Não quero atrapalhar. Já estive em muitas áreas de desastre”, disse Biden. “Quero ter certeza de que não interromperemos os esforços de recuperação em andamento.”
Ele disse que “todos os ativos federais disponíveis” na região seriam usados para esforços de recuperação, incluindo o exército dos EUA e a Guarda Costeira.
Autoridades do Havaí disseram esperar que o número de mortos aumente nos próximos dias, à medida que mais corpos forem recuperados das partes mais atingidas de Maui. Até agora, apenas 25% da área afetada foi revistada em busca de restos humanos.
Cerca de 80 por cento de Lahaina – uma cidade de cerca de 12.000 habitantes – foi destruída pelo incêndio.
Em Maui, muitos moradores disseram à BBC que ficaram frustrados com a escala e a velocidade dos esforços de recuperação.
Os moradores também disseram à BBC que não receberam nenhum aviso oficial antes de fugir dos incêndios, que consumiram rapidamente partes da ilha.
